Exposição Origens #3 acontece até o final deste mês

'Mulher Café' por Afrobela. Foto - Divulgação

Em uma ação coletiva cinco artistas da quebrada remontam caminhos para entender as origens diaspóricas africanas que fundaram nosso país. A exposição virtual vai até o dia 31 de janeiro com acesso gratuito

A Exposição Origens #3 acontece em formato totalmente virtual até o dia 31de janeiro de 2021, com mais de 50 obras de 5 artistas plurais que refletem os resultados da diáspora africana nas realidades periféricas em que vivem. Com curadoria de Priscila Magalhães, os trabalhos são compostos por pinturas, colagens, artes digitais e fotografias.

As obras ficarão expostas no site do Festival Cultural Pangeia, com acesso gratuito. Os artistas convidados são: Isabela Alves "Afrobela", Cauã Bertoldo, Cassimano, Paulo Chavonga e Ione Maria.

Planejada para ocorrer no formato presencial, a organização transferiu a exibição das obras para o meio virtual, aumentando o seu alcance e chamando a atenção do público, não só do Brasil mas também de outros de outros países. Até o momento a exposição recebeu visitantes de diversas localidades como Estados Unidos, México, Angola, Moçambique, Equador, Holanda, Áustria e Itália. As obras que retratam nossas origens diaspóricas envolvidas no cotidiano de cada artista podem ser conferidas pelo site aqui.

"Foi muito provocador levar a exposição para o ambiente virtual e acredito que tem dado certo. Estamos conectados e buscando levar a reflexão do tema do festival que é Conexão Américas e África" para diversas pessoas, comenta Priscila.

"Foi um desafio enorme remontar o planejamento e adaptar tudo para o meio digital, porém diante do alcance obtido decidimos manter a exposição por mais um tempo, para que mais pessoas possam apreciar as obras e fotografias no site. Talvez no formato tradicional não teríamos impactado o mesmo número de visitantes", diz a diretora do Festival, Pauliana Reis sobre a continuidade da exposição até o final de janeiro.

Sobre os artistas convidados

Ione Maria

'Realeza'. Foto - Divulgação

Do alto de seus 25 anos, e diretamente de Vila Albertina, SP, é colagista há 5 anos. Também trabalha com design e direção de arte. A colagem, em particular, é o campo de pesquisa da artista, evidenciando a cultura afro-brasileira por meio do formato analógico/manual. A arte, por sua vez, vem do lugar de colocar narrativas negras em espaços dignos de realeza por intermédio das imagens que a cercam. Há o costume de criar também com amigos e familiares, costurando relações mais firmes e afetivas em seu trabalho. No design, se destaca pela linguagem afro-futurista, articulada também através do movimento independente preto, para fins comunicativos e artísticos.

Cauã Bertoldo

'Sobre Grades e Lonas'. Foto - Divulgação

Artista visual, desenvolve a identidade poética de seu trabalho desde 2014. Se expressa em técnicas de pintura diversas, dentre elas a aquarela, arte digital e grafitti. Sua pesquisa em arte, trata das questões do sujeito negro e queer periférico, por intermédio de retratos mergulhados em metáforas e interpretações multilaterais, onde cada um se conecta e se vê a sua maneira.

Isabela Alves - AfroBela

'Oxum'. Foto - Divulgação

Multiartista e futurista. Reside no bairro Jd. João XXIII, e é nesse território que cria e desenvolve suas linguagens, trabalhando com colagem digital, tela e tinta acrílica, fotografia e escrita. Seus projetos pessoas discutem sempre sobre sexualidade e identidade, sendo o maior deles a plataforma afetiva A Perfeita Queda dos Búzios, também idealizada por Jéssica Ferreira, e residente no Teatro de Conteiner.

Cassimano

Foto - Divulgação

Nascido e criado na periferia de São Paulo, ainda adolescente despertou seu interesse pela fotografia nas ruas ao trabalhar como mensageiro. Em 2012 viajou para Moçambique para realizar um intercâmbio cultural e fazer o registro fotográfico dessa viagem. Desde 2016 realiza o projeto 'Galeria Fotográfica de rua' projeto de intervenção urbana com suas fotografias ampliadas em grandes formatos e aplicadas em diversos suportes com colagens. Com o mesmo projeto promove cursos de fotografia, de ampliação e aplicação das colagens para jovens da periferia.

Paulo Chavonga

Foto - Divulgação

Artista plástico autodidata, Produtor cultural, muralista e arte educador angolano, teve seu início nas artes plásticas aos 7 anos de idade na cidade de Benguela - Angola, tendo a pintura em tela como sua primeira plataforma de produção. Seu fascínio pela expressão humana e das culturas africanas resulta em estudos dos povos de lugares em que já passou. São a tradução de dias passados no Kandongueiro, no kimbo, festas de quintal, conversas em volta da fogueira.

Serviço
Exposição Origens #3
Período - até 31 de janeiro
Local - site clique aqui
Grátis

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