Série Ayô será exibida no Festival Mix Brasil


Criada, roteirizada e protagonizada por Lucas Oranmian, c
om direção de Yasmin Thayná e produção de Gabriel Bortolini, série conta no elenco com Breno Ferreira, Caio Blat, Lázaro Ramos, Tânia Toko e Aretha Sadick

Após uma concorrida sessão que superlotou duas salas no Festival do Rio, a série Ayô segue sua trajetória em festivais e será exibida no 32º Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade, que reúne o melhor do cinema, realidade estendida, música, games, literatura e importantes discussões sobre identidade e igualdade.

A exibição acontece no dia 17 de novembro, às 20h, no CineSesc, com a apresentação de três episódios da série e presença da equipe. A produção em seis episódios é criada, roteirizada e protagonizada por Lucas Oranmian, tem direção de Yasmin Thayná, produção de Gabriel Bortolini e se destaca por trazer ao centro da narrativa a vida de um homem negro, gay e artista, abordando suas relações afetivas, desafios profissionais e busca por pertencimento na São Paulo contemporânea.

Kibba, Lucas Oranmian e Aretha Sadick. Foto - Alile Dara Onawale

É um convite para o público se emocionar e refletir sobre temas como afetividade, racismo estrutural e os desafios de viver de arte no Brasil. A produção reforça a importância de investir em narrativas negras e LGBTQIAP+ no protagonismo, unindo um elenco potente que reúne nomes como Breno Ferreira, Aretha Sadick, Gilda Nomacce, Caio Blat, Tania Toko, Lázaro Ramos, Caio Mutai, Odá Silva, entre outros. A sessão terá entrada gratuita, mediante retirada de ingresso.

“Eu queria interpretar um cara com problemas comuns, como dilemas amorosos, decisões de carreira, que tivesse grana, e não alguém lutando apenas pela sobrevivência. Para atores negros, isso ainda é transgressor. Ayô nasce desse desejo de escrever o papel que muitas vezes nos escapa. Quis contar uma história íntima que ressoa coletiva”, reforça Lucas, que traz um pouco da sua história pessoal misturada a criações ficcionais.

Lázaro Ramos e Lucas Oranmian. Foto - Alile Dara Onawale

Mais do que uma história de amor, Ayô reforça novas narrativas, com uma tríade de jovens criadores negros que acompanham Lucas - Yasmin Thayná na direção geral e Gabriel Bortolini na produção. A série mergulha nas contradições de uma geração que equilibra vulnerabilidade e resistência. Ao acompanhar o protagonista em suas relações amorosas, encontros e desencontros, a série revela um mosaico de personagens e situações que espelham a pluralidade da cidade de São Paulo, oferecendo ao público uma narrativa que mistura romance, crítica social e uma estética contemporânea que dialoga com produções como I May Destroy You e Atlanta, mas com um inconfundível swing brasileiro.

“Muitos foram os desafios para colocar um homem negro, gay e artista no centro - com desejo, contradição e alegria - o que é uma decisão estética e política. Ayô mira público amplo e prova que narrativas negras e LGBTQIAP+ podem disputar mercado com linguagem, ambição e qualidade. Para criar um novo imaginário, uma nova narrativa, precisamos nos aliar a uma equipe que também reverbere esse novo discurso e diversidade”, complementa o produtor Gabriel Bortolini.

Lucas Oranmian e Breno Ferreira. Foto - Alile Dara Onawale

“Topei fazer Ayô, principalmente, pelos assuntos que a série evoca. A busca por compreender os afetos e os modelos de relacionamento, deve ser uma busca que pode levar uma vida inteira. Outro ponto importante é que, assim como eu estou assinando a minha primeira direção artística de uma obra de ficção seriada, há várias pessoas na equipe que também estão tendo essa oportunidade pela primeira vez de assinar seu trabalho com protagonismo. É importante dizer que essa série foi financiada com dinheiro público. E uma das funções da política pública é tornar possível a trajetória de profissionais que muitas das vezes não tem a oportunidade de ser protagonista nas suas funções”, pontua a diretora Yasmin Thayná.

A série conta com o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, o Governo Federal, o Ministério da Cultura através da Lei Paulo Gustavo. A série é uma produção da Reprodutora, que completa 10 anos de trabalhos em 2025.

Sinopse

Foto - Alile Dara Onawale

Ayô é um jovem ator negro gay baiano vivendo em São Paulo, insatisfeito com sua vida amorosa. Após alguns desentendimentos emocionais com Manu, Ayô se joga nos aplicativos de relacionamento, onde conhece João, com quem cria uma conexão instantânea. Profissionalmente, Ayô também se mostra reflexivo depois que Carla, sua agente, o faz perceber a dura realidade de ser um artista negro em uma sociedade intrinsecamente racista.

Assista ao trailer:


Ficha técnica
Ayô
Direção Geral - Yasmin Thayná
Idealização e Roteiro - Lucas Oranmian
Elenco - Lucas Oranmian, Lázaro Ramos, Caio Blat, Breno Ferreira, Aretha Sadick, Tânia Tôko, Caio Mutai, Odá Silva, Kibba, Mawusi Tulani, Uiliana Lima, Gilda Nomacce, Letícia Rodrigues, Antonio Miano, Maria Massena, Ilunga Malanga, Jamile Cazumbá, Rafael Lozano e Clodd Dias
Produção - Gabriel Bortolini
Direção de Fotografia - Gabe Gomez
Montagem - Roberta Bonoldi
Direção de Arte - Vanessa Rodrigues
Figurino - Tarsila Maia
Visagismo - Renata Araújo
Som Direto - Andressa Clain e Gustavo Ruggeri
Casting - Carolina Martins
1˚ Assistente de Direção - Hemily Mourão e Julia Conatti
Trilha Sonora - Kastrup e Bruno Morais
Correção de Cor - Gabriel Camacho
Edição de Som e Mixagem - Ricardo Zollner
Designer Gráfico - Caco Neves e Bruno Oliveira
Uma produção Reprodutora

Serviço
Ayô - Exibição de três episódios no 32º Festival Mix Brasil de Cultura e Diversidade
Data - 17 de novembro - segunda-feira
Horário - 20h
Local - CineSesc
Endereço - Rua Augusta, 2075 - Cerqueira César - São Paulo
Entrada Gratuita

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