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| Foto - Flávia Canavarro |
Desde sua estreia em 2022, Ficções não para de acumular números superlativos. Com 22 indicações e vencedor em algumas das maiores premiações brasileiras - incluindo o Shell e APTR de melhor atriz para Vera Holtz e o APTR de melhor música para Federico Puppi, com quem Vera divide o palco -, o espetáculo vem lotando teatros de norte a sul do país em sucessivas turnês e ainda em Portugal, onde foi ovacionado em cidades como Lisboa, Porto e Figueira da Foz.
Ao longo de três anos, a peça idealizada pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrita e dirigida por Rodrigo Portella já superou a marca de 150 mil espectadores em mais de 350 apresentações e atualmente está em sua terceira temporada paulistana, no Teatro FAAP até 21 de dezembro de 2025.
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| Foto - Flávia Canavarro |
O espetáculo parte da ideia central do best-seller Sapiens - uma breve história da humanidade, do professor e filósofo israelense Yuval Noah Harari, que vê na capacidade humana de inventar e crer coletivamente em tudo o que não é tangível a chave para a evolução sem precedentes em relação às outras espécies. Por que, então, o ser humano ainda não é mais feliz que seus antepassados? Que novas ficções o homem precisa criar e acreditar? É neste jogo teatral que o público é instigado a se confrontar com suas próprias ficções.
“É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nos pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele”, analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.
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| Foto - Guga Melgar |
Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas - por sua capacidade de criar mundos e narrativas - o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume.
Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar trechos do livro para transformar em um espetáculo: “ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para o espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”, enfatiza.
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| Foto - Flávia Canavarro |
A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”, descreve.
Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta.
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| Foto - Flávia Canavarro |
Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa, conversa com Harari, brinca, instiga a plateia e estabelece um duólogo entre palavra e música ao interagir no palco com o músico Federico Puppi - autor e performer da trilha sonora original. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando.
“Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera. “O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa. Rodrigo concorda: “é um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”.
Sinopse
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| Foto - Flávia Canavarro |
A partir do best-seller Sapiens, do escritor israelense Yuval Harari, Ficções fala da capacidade humana de criar e acreditar em ficções: deuses, dinheiro, nações... O que foi ou não inventado? Mas, apesar dessa habilidade inédita e revolucionária que alçou nossa espécie à condição de donos do planeta, seguimos inseguros e sem saber para onde ir. Você está satisfeito?
Ficha técnica
Vera Holtz em Ficções
Inspirada a partir do livro Sapiens - Uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari
Idealizada por Felipe Heráclito Lima
Escrita e encenada por Rodrigo Portella
Performance e Trilha Sonora Original - Federico Puppi
Interlocução Dramatúrgica - Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa
Assistente de Direção - Cláudia Barbot
Cenário - Bia Junqueira
Figurino - João Pimenta
Iluminação - Paulo Medeiros
Preparação Corporal - Tony Rodrigues
Preparação Vocal - Jorge Maya
Programação Visual - Cadão
Fotos - Ale Catan
Direção de Produção - Alessandra Reis
Gestão de Projetos e Leis de Incentivo - Natália Simonete
Produção Executiva - Wesley Cardozo
Administração - Cristina Leite
Produtores Associados - Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete
Serviço
Ficções
Temporada - até 21 de dezembro de 2025
Horário - sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h
Duração - 80 minutos
Local - Teatro FAAP
Endereço - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - São Paulo
Capacidade - 510 lugares
Ingressos - de R$ 25,00 a R$ 160,00
Venda de ingressos online aqui
Classificação - 12 anos
Mais informações 11 3662-7233 e WhatsApp 11 97185-9332
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