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Foto - Rodrigo Reis |
O Farol Santander São Paulo, centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia, inaugura hoje, dia 23 de maio, a exposição O Circo no Brasil, com curadoria de Diana Malzoni, que propõe um mergulho na trajetória da arte circense no Brasil, revelando sua arquitetura nômade, seus personagens emblemáticos e sua importância como patrimônio cultural e afetivo do país. O público poderá visitar a exposição, que ocupa os 23° e 22° andares, até 24 de agosto. A mostra é apresentada pelo Ministério da Cultura, Zurich Santander, Santander Asset Management e Santander Brasil.
“O circo é uma das expressões artísticas mais encantadoras que temos. Ele chegou ao Brasil no século XIX e, desde então, espalha alegria pelos quatro cantos do país. Com o tempo, ganhou sotaque, alma brasileira e personagens inesquecíveis. A exposição O Circo no Brasil é um convite para reviver essa magia que emociona, diverte e deixa o coração mais leve”, comenta Maitê Leite, vice-presidente Executiva Institucional do Santander Brasil.
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Foto - Rodrigo Reis |
De forma lúdica e interativa, o público é conduzido por um percurso sensorial que combina fotografias, vídeos, objetos históricos, maquetes e instalação holográfica, destacando a força simbólica e estética do circo ao longo dos séculos. “A exposição convida o público a mergulhar nesse universo mágico. Nela, são redescobertas as raízes ancestrais do circo e o espírito familiar e itinerante que o move, além da celebração da riqueza dessa arte no país”, afirma a curadora Diana Malzoni.
Sobre a exposição
No 23º andar, o espaço Pano de Roda convida os visitantes a entrar em cena e refletir sobre o papel do palhaço como espelho da humanidade. A exposição presta homenagem a quatro grandes nomes da palhaçaria nacional: Piolin, Picolino, Arrelia e Torresmo, cujas trajetórias se confundem com a própria história do circo no Brasil. Esses artistas levaram o riso e a crítica social ao picadeiro e, mais tarde, à televisão, eternizando bordões, músicas e personagens que fazem parte da cultura popular.
A arquitetura circense também é abordada em detalhes, desde as estruturas mais rudimentares como o tapa-beco e o pau fincado, até o moderno circo americano, destacando a criatividade dos artistas em criar palcos móveis, resistentes e acolhedores. Um dos pontos altos é a abordagem da vida nômade das trupes, que cruzavam o país com caminhões, lanchas, jangadas e até aviões para levar seus espetáculos aos mais distantes públicos do Brasil.
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Foto - Rodrigo Reis |
No mesmo andar, os visitantes ainda podem conferir uma seleção de vídeos documentais e registros raros, que trazem à tona depoimentos, trechos de apresentações históricas, bastidores e reconstruções da estética circense em movimento. Os vídeos revelam o cotidiano sob a lona, os bastidores da criação artística e a intimidade de famílias que viveram, e ainda vivem do picadeiro, além de resgatar momentos emblemáticos da trajetória de artistas como Piolin e Arrelia.
Um dos destaques inéditos dos vídeos apresentados é a exibição digital do filme histórico Sua Majestade Piolin, dirigido por Suzana Amaral em 1971, uma raridade cinematográfica que resgata a memória e a importância do artista que inspirou até os modernistas da Semana de Arte de 1922.
Confira abaixo:
Além do vídeo, também será exibido o curta-metragem Le Grand Cirque Calder 1927, no qual um circo inteiro ganha vida em um pequeno palco improvisado pelas mãos do artista Alexander Calder. Bonecos de arame e tecido encenam espetáculos acrobáticos, números de domadores e mágicas encantadoras, tudo em miniatura, mas cheio de expressão. Filmado por Jean Painlevé, revelando com humor e delicadeza, o universo lúdico criado por Calder, onde a arte se move, respira e diverte.
Confira abaixo:
A exposição também conta com um espaço interativo, onde os visitantes podem experimentar, como artistas por um momento, as sensações de estar sob o picadeiro: há estações com mágicas, números de fakir, malabarismo e equilíbrio, que simulam o desafio e a beleza desses números clássicos. Um diorama cenográfico completa a ambientação, tornando a experiência acessível e imersiva para todas as idades. O público também é convidado a conhecer os bastidores dessa arte por meio de um camarim cenográfico, que apresenta figurinos, espelhos e adereços utilizados pelos artistas, revelando os detalhes e a preparação por trás do espetáculo.
Ao finalizar este andar, o público é surpreendido por uma instalação holográfica com performances de artistas circenses contemporâneos, levando o picadeiro para dentro da exposição com a magia de números poéticos e ousados. Um convite sensorial que mostra que o circo segue vivo e se reinventando.
No 22º andar, um vídeo animado protagonizado pelas palhaças Emily e Manela narra, com leveza e humor, a trajetória do circo desde suas raízes até sua reinvenção contemporânea. Maquetes explicam com riqueza de detalhes a arquitetura nômade circense, revelando as soluções criativas para a montagem dos espetáculos em movimento.
O acervo visual e textual evidencia o cotidiano das famílias circenses, as festas, os treinos, os desafios logísticos e a vida por trás do picadeiro. Também ganha espaço o circo-teatro brasileiro, uma expressão genuinamente nacional, marcada por artistas como Benjamin de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil e referência em inovação cultural, e Antenor Pimenta, pioneiro da cenografia e dos efeitos especiais, criador do Gran Circus Rosário.
A mostra ainda celebra a relevância das escolas de circo, que desde os anos 1970 vêm garantindo a formação de novas gerações. Ganha destaque a trajetória de Zé Wilson, fundador do Circo Spinelli e do Circo Escola Picadeiro. Figurinos e um camarim cenográfico completam a homenagem ao universo dos bastidores e à continuidade dessa arte como herança viva.
Obras apresentadas na exposição
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Foto - Rodrigo Reis |
Além da experiência interativa, a mostra apresenta um conjunto de 20 obras, que exploram o imaginário circense por meio da pintura, fotografia e escultura. São trabalhos de diferentes épocas e linguagens que ampliam a leitura sobre o circo e sua estética simbólica, emocional e popular.
A exposição também reúne obras originais selecionadas da Coleção Santander Brasil, oferecendo ao público um recorte especial de seu acervo, além de trabalhos pertencentes à coleção da curadora Diana Malzoni e Fabio Francisco.
Sobre a curadora
Diana Malzoni se formou pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1973. Desde 1981, ela comanda seu próprio escritório, o "Diana Malzoni Arquitetura". Com uma carreira de sucesso que já ultrapassa 40 anos, Diana acredita que a parceria entre o cliente e o escritório de arquitetura é fundamental para alcançar resultados excelentes. Possui um portfólio diversificado, incluindo projetos de grande porte e de diferentes naturezas. Também é reconhecida por seu envolvimento com projetos sociais, como a sede do Instituto Nyingma do Brasil, o projeto de revitalização do Abrigo Vovó Iza e a coordenação dos projetos da Casa da Criança no Recanto Primavera. Ela também realizou projetos de revitalização de condomínios, como o Condomínio Tocantins em Guarujá, o Edifício Siena e o Edifício Guarantã em São Paulo.
Serviço
Exposição O Circo no Brasil
Período - de 23 de maio a 24 de agosto de 2025
Local - Farol Santander SP - 22° e 23° andares
Endereço - Rua João Brícola, 24 - Centro (estação São Bento - linha 1, azul do Metrô)
Horário - de terça-feira a domingo, das 09h às 20h
Ingressos - R$ 45,00 (inteira) e R$ 22,50 (meia)
Vendas de ingressos na bilheteria do local e online aqui
Classificação - livre
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