RIMA - novo álbum de Antonio Nóbrega - conta com músicas inéditas e autorais, o artista se inspirou na poesia rimada brasileira, e reuniu canções referenciadas em modalidades poéticas como a sextilha, a embolada e o galope beira mar.
O álbum traz dez canções, compostas em parceria com os poetas e letristas Bráulio Tavares e Wilson Freire e o músico Rodrigo Bragança. O repertório foi construído ao longo dos últimos anos, período em que Nóbrega se dedicava prioritariamente à construção de espetáculos de dança. Com o novo trabalho, o artista aspira difundir a diversidade de modelos de estrofes e rimas criados pelos poetas populares, especialmente os da região nordestina, onde floresceu uma vasta gama de modalidades poéticas.
Foto - Sílvia Machado |
“Desde que tomei conhecimento da poesia popular brasileira, logo percebi que ela configurava um edifício simbólico de muitos andares”. Esse conhecimento se deu tanto por meio da sua convivência com repentistas e emboladores quanto pela leitura das obras dos grandes escritores e documentadores da poesia popular como Leonardo Mota, Câmara Cascudo e Mário de Andrade.
Entre as canções de RIMA está a Minha Voz não Silencia Porque Poeta não Cala (confira abaixo), lançada em agosto como single do novo álbum. Com ritmo acelerado e mensagem urgente, a letra se insere dentro do espírito do “Grito do Mundo” e reafirma o compromisso da canção com as questões do tempo em que vivemos. O álbum já está disponível nas principais plataformas digitais, e terá versão física lançada no próximo dia 16 de novembro.
Sobre o artista
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Foto - Sílvia Machado |
Antonio Nóbrega nasceu em Recife, e começou a estudar violino aos oito anos. Em 1971 Ariano Suassuna convidou-o para integrar o Quinteto Armorial. A partir daí, passou a estudar o universo da cultura popular e a criar espetáculos de teatro, dança e música nela referenciados. Entre eles: Brincante, Segundas Histórias, O Marco do Meio Dia, Figural, Na Pancada do Ganzá, Madeira Que Cupim Não Rói, Pernambuco Falando para o Mundo, Lunário Perpétuo, Nove de Frevereiro, Naturalmente, Húmus, entre outros. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Shell de Teatro, o Tim de Música, APCA, Mambembe, Conrado Wessel, Governador do Estado de São Paulo. Com seus espetáculos, o artista tem viajado pelo Brasil e outros países. Recebeu duas vezes a Comenda do Mérito Cultural. Tem 12 CDs gravados e três DVDs. Em novembro de 1992, fundou com Rosane Almeida - atriz, bailarina e sua esposa - o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou o longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajetória artística.
Foto - Sílvia Machado |
Repertório
Minha voz não silencia porque poeta não cala (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
O Poeta é um fingidor (Antonio Nóbrega-Bráulio Tavares)
À Deriva (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Minha nau (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Meu Tempo (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Começo de tudo (Antonio Nóbrega-Rodrigo Bragança )
Na bola da embolada (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Sambeando (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Quem mandou matar Marielle? (Antonio Nóbrega-Wilson Freire)
Bruma (Antonio Nóbrega-Bráulio Tavares)
Ficha técnica
Gravado no Juá Estúdio, São Paulo, em setembro de 2019
Concepção e realização: Antonio Nóbrega
Canções: Antonio Nóbrega com Bráulio Tavares, Wilson Freire e Rodrigo Bragança
Direção musical: Edmilson Capelupi
Arranjos: Edmilson Capelupi e Edson Alves
Coro na canção Começo de tudo: Alisson Lima, Edmilson Capelupi, Leo Rodrigues, Rodrigo Bragança e Zé Pitoco
Gravação e mixagem: Gustavo Vale
Masterização: Gato
Projeto gráfico e artes: Érica de Carvalho
Fotos: Silvia Machado
Cleber Almeida (bateria)
Daniel Allain (flauta e sax tenor)
Edmilson Capelupi (violão de 7 cordas e guitarra)
Edson Alves (baixo e violão)
Jotagê Alves (clarinete e clarone)
Leo Rodrigues (percussão)
Olivinho (acordeom)
Zé Pitoco (clarinete e sax alto)
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