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Sobre Abismo - Obra de Aline Motta Pontes. |
O Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça anunciou, em cerimônia no Teatro FAAP na noite de quinta-feira, 12 de setembro, os cinco contemplados de sua 7ª edição: Aline Motta (RJ), Dalton Paula (DF), Dora Longo Bahia (SP), Ismael Monticelli (RS) e Rodrigo Bueno (SP). Após receber mais de 600 inscrições de artistas de todas as regiões do Brasil, o júri selecionou 30 finalistas para a exposição inédita que abriu ao público, gratuitamente, na sexta-feira, 13 de setembro, e fica em cartaz até 20 de outubro.
Cada um dos cinco vencedores receberá uma bolsa no valor de R$ 50.000,00; eles ainda terão o acompanhamento de um curador de arte por um ano e vão compor uma exposição itinerante, que passará por cinco capitais brasileiras em 2020.
A banca avaliadora para a seleção dos premiados foi composta por Daniela Bousso, historiadora, crítica de arte e curadora; Denise Mattar, curadora de mostras sobre os modernistas Aldo Bonadei, Alfredo Volpi e Cândido Portinari; Fabio Szwarcwald, diretor do Parque Lage; Moacir dos Anjos, pesquisador de arte contemporânea, foi curador do pavilhão brasileiro na 54ª Bienal de Veneza; e Paulo Herkenhoff, primeiro diretor cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e curador-adjunto no departamento de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).
Iniciativa gera mostra inédita
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Burocracia | desenho | 1978 - Obra de Anna Bella Geiger |
Considerada a mais relevante premiação das artes visuais brasileiras, o Prêmio Marcantonio Vilaça recebeu, nesta edição, 687 inscrições de 24 Estados e do Distrito Federal. Os 30 finalistas foram escolhidos por um grupo de jurados liderado pelo curador Marcus Lontra. A partir da sexta-feira, 13 de setembro, as obras desses artistas estão reunidas em uma exposição inédita no Museu da Arte Brasileira da Faculdade Armando Alvares Penteado (MAB FAAP), na capital paulista.
A mostra vai até 20 de outubro e a entrada é gratuita. Paralelamente, serão exibidas obras de mais 11 artistas do Projeto Arte e Indústria, que nesta edição presta homenagem a Anna Bella Geiger e reúne nomes como Brígida Baltar, Carlos Mélo, Cristina Canale, Frida Baranek, Karin Lambrecht, Leda Catunda, Nelly Gutmacher, Paola Junqueira, Rosângela Rennó e Walmor Correa.
Segundo Marcus Lontra, a seleção do Prêmio focou na diversidade cultural brasileira, selecionando artistas de gerações distantes, com trajetórias diferentes, indo de nomes consagrados a emergentes. Esta edição da premiação foi pautada pela proposta curatorial de trazer à luz o protagonismo feminino em todas as suas instâncias, incluindo a do júri, que levou a proposta como premissa para a seleção dos 30 finalistas.
“A presença feminina é enorme na arte brasileira e pode ser percebida com muita clareza, especialmente na passagem do moderno para o contemporâneo; porém, nem sempre há o reconhecimento devido. Como o prêmio tem abrangência nacional, deve refletir, dentro do possível, as características da produção artística brasileira”, comenta o curador.
Projeto Arte e Indústria
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Obsessão miúda | 2017 - Obra de Ismael-Monticelli |
Simultaneamente à 7ª edição do Prêmio Industria Nacional Marcantonio Vilaça, é realizada a exposição da 4ª edição do Projeto Arte e Indústria, que homenageia artistas cujos processos de criação estão relacionados à produção industrial. A iniciativa já homenageou Abraham Palatnik, Amélia Toledo e Sérvulo Esmeraldo. Desta vez, irá celebrar a obra da pintora, gravadora, escultora e desenhista carioca Anna Bella Geiger. A homenageada do Projeto Arte e Indústria é uma das grandes expoentes da primeira geração de artistas conceituais latino-americanos e uma das artistas mais importantes do Brasil no século 20.
Além dos trabalhos da homenageada, a exposição apresenta 40 obras de mais 11 artistas cuja produção dialoga com a de Anna Bella. São eles: Brígida Baltar, Carlos Mélo, Cristina Canale, Frida Baranek, Karin Lambrecht, Leda Catunda, Nelly Gutmacher, Paola Junqueira, Rosângela Rennó e Walmor Correa.
Sobre o prêmio
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Choque | 2018 - Obra de Dora Longo. Foto - Gilberto Sousa |
A premiação é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que busca incentivar a produção e a exibição da arte contemporânea no Brasil. Ao longo de quinze anos, agraciou mais de trinta artistas de todas as regiões do país. Neste ano, teve o nome mudado (era chamado Prêmio Marcantonio Vilaça Para as Artes Plásticas) para dar destaque à indústria nacional, que viabiliza a realização do projeto. É uma ferramenta de apoio à difusão e à articulação da produção artística brasileira em toda a sua força e variedade expressiva.
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Obra de Dalton Paula - Bananeira, facão e rede. |
Serviço
Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça
Local - Museu de Arte Brasileira - Fundação Armando Alvares Penteado (MAB FAAP)
Endereço - R. Alagoas, 903 - Higienópolis - São Paulo
Data - até 20 de outubro
Visitação - segundas, quartas, quintas e sextas-feiras das 10h às 19h (última entrada às 18h), aos sábados, domingos e feriados das 10h às 18h (última entrada às 17h). Fechado às terças-feiras, inclusive quando feriado
Mais informações 11 3662-7198
Entrada franca
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