![]() |
Marcelo Laham e Henrique Stroeter. Foto - Erik Almeida |
A comédia ‘Morte Acidental de Um Anarquista’, que completa três anos em cartaz, tendo passado por 27 cidades, inicia nova fase no Teatro Arthur de Azevedo, no bairro da Mooca, em São Paulo, a partir de 19 de outubro. Desta vez, em curta temporada às sextas e sábados, às 21h e aos domingos, às 19h. A montagem do texto de Dario Fo, prêmio Nobel de Literatura em 1997, que contou com Dan Stulbach no elenco ganha agora a participação do ator Marcelo Laham.
A peça parte de um caso verídico, uma controversa investigação de um caso ocorrido em Milão, em 1969, e tem como pano de fundo os ataques terroristas que feriram e mataram dezenas de pessoas nas cidades de Milão e Roma. O mote é o suposto suicídio de um anarquista acusado pelos atentados que teria se jogado da janela do prédio da polícia durante o interrogatório. O caso ficou nebuloso com incoerências nos depoimentos dos policiais envolvidos, porém ninguém foi condenado por falta de provas.
Um ano após o episódio na história da Itália, Dario Fo estreou sua peça ficcional, uma comédia, que coloca dentro da delegacia naquele dia a figura de um louco acusado de falsidade ideológica, por gostar de se passar por outras pessoas, porém se revela mais esperto que o delegado e, ali mesmo, engana a todos fingindo ser um juiz corregedor para revisar o inquérito sobre a morte do anarquista.
O que teria acontecido realmente naquele dia? O anarquista se jogou ou fora jogado do quarto andar? A polícia afirma que o anarquista teria se jogado pela janela do quarto andar, a imprensa e a população acreditam que ele tenha sido jogado. O louco brincando com o que é ou não é real vai desmontando o poder e revelando a verdade ao assumir várias identidades como um psiquiatra, um bispo, entre outras, além de juiz.
Os espectadores tornam aliados tanto do ator quanto do personagem e ao serem convidados a participar da composição do personagem do juiz trazem à tona flashes do momento político atual do país.
Morte Acidental de Um Anarquista é a peça mais conhecida e premida de Dario Fo. Montada no mundo inteiro, recentemente, em Londres, foi encenada com referências ao caso Jean Charles (brasileiro que ficou conhecido após ser confundido e assassinado erroneamente pela Scotland Yard no Metrô de Londres). No Brasil, já foi montada com Antonio Fagundes e Sérgio Britto como protagonistas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Nesta montagem, há três anos em cartaz, com direção de Hugo Coelho, o público é saudado pelo elenco no hall do teatro e convidado a entrar na sala de espetáculo. Já no teatro, Marcelo Laham entra em cena para contar o que aconteceu na vida real e explicar o porquê de montar o espetáculo, seguindo a estratégia que Dario Fo utilizava em suas apresentações visando uma aproximação e reconhecimento do público. Em seguida, os espectadores são convidados a tirar dúvidas a respeito do caso e, só depois de todos estarem prontos, o espetáculo começa.
Sinopse
Um Louco cuja doença é interpretar pessoas reais é detido por falsa identidade. Na delegacia ele vai enganando um a um, assume várias identidades e se passa por um juiz na investigação do misterioso caso do anarquista. Brincando com o que é ou não é real o Louco desmonta o poder e acaba descobrindo a verdade de todos nós.
Ficha técnica
Marcelo Laham - Estreou na televisão na série “Retrato Falado” da Rede Globo em 2000/2004, apresentou o programa “Disney Planet” da Disney Channel em 2001, atuou na novela “Desejos de Mulher” em 2002, na novela “Celebridade” em 2003/2004, na série “JK” em 2005/2006, na série “Toma lá, dá cá” e na novela “Paraíso Tropical” em 2007, atuou nos seriados “Dicas de um sedutor” e “Casos e Acasos”. Em 2008, fez participação na novela “Malhação” e na minissérie “Dalva e Herivelto em 2009, atuou na novela “Insensato Coração” da Rede Globo em 2011, na série “Três Teresas” da GNT em 2013 e na novela “Malhação” 2013/2014 e "Babilônia" da Tv Globo. Atuou no teatro em 1999 com a peça “Omstrab”, “Bonitinha” em 2000, “Os segredos do Pênis” em 2002/2003 e 2005/2006, “A comédia dos erros” em 2009, “A alma boa de Setsuan” em 2010, “Desconhecidos” em 2011, “Grávido” em 2012/2013, e na peça “Cais ou da indiferença das Embarcações” entre 2012 e 2014.
Henrique Stroeter - Trabalha como ator há 30 anos. Tem formação acadêmica em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero. Fez inúmeros cursos livres de dança e teatro. Atualmente está no ar com o Quintal da Cultura produzido pela TV Cultura SP. Em teatro fez: 39 degraus de Patrick Barlow com direção de Alexandre Reinecke; À meia noite um solo de sax na minha cabeça, texto e direção de Mário Bortolotto, e E o Vento Não levou de De Ron Hutchinson direção de Roberto Lage. Com Grupo Parlapatões atuou e dirigiu o espetáculo Parapapá, circo musical infantil de Hugo Possolo (indicado como melhor diretor Prêmio Femsa 2010). Atuou em O Papa e a Bruxa de Dario Fo, e Vaca de Nariz Sutil de Campos de Carvalho adaptação e direção de Hugo Possolo (indicação melhor ator Prêmio Quem 2008), e no espetáculo As Nuvens de Aristófanes. Sob a direção de Alexandre Reinecke: O Santo e A Porca de Ariano Suassuna, Os Sete Gatinhos de Nelson Rodrigues e Arsênico e Alfazema de Joseph Kesselring. Com o La Mínima, grupo de circo-teatro, fez Luna Park de Domingos Montagner. De Flávio de Souza atuou nas peças Filho de Artista, Chapeuzinho Adormecida no País das Maravilhas, Onde está o Nino? , Tíbio e Perôneo, e Natal Mágico do Castelo Rá Tim Bum. De Mário Bortolotto: Chapa Quente, Postcards de Atacama, Rolex, Fuck you Baby, Medusa de Rayban e Hotel Lancaster (indicação Melhor Ator Festival Americana 2004). Na televisão participou de vários programas de sucesso na TV Cultura, entre eles: Rá Tim Bum, Ilha Rá Tim Bum, Castelo Rá Tim Bum (personagem Perônio) X-Tudo todos de Flávio de Souza na TV Bandeirantes fez a novela Dance Dance Dance e foi protagonista da Sitcom Guerra dos Pinto; na Rede Globo participou dos humorísticos: Os Normais, Retrato Falado e Copas de Mel. No SBT fez a novela Carrossel.
Maíra Chasseraux - Formada pelo Teatro-Escola Célia Helena (2001) e bacharel em Comunicação e Artes do Corpo - PUC SP (2000 - 2005). No teatro atuou nas peças: Um espetáculo sem patrocínio, autor e diretor Léo Lama; A meia hora de Abelardo, de Hugo Possolo, direção Henrique Stroeter; Romance de Vera de Sá, direção Márcia Abujamra; Brutal de Mário Bortolotto, direção Jairo Mattos; A frente fria que a chuva traz de Mário Bortolotto, direção Mário Bortolotto; Amor de improviso criação da Cia Elevador de Teatro Panorâmico, direção Marcelo Lazzarato; Os que têm hora marcada de Elias Canetti, direção Nelson Baskerville; A hora em que não sabíamos nada uns dos outros, de Peter Handke, direção Marcelo Lazzarato; A Ilha Desconhecida, de José Saramago, direção Marcelo Lazzarato; A Maratona Mundial de Dança, adaptação de Alexandre Matte, direção Marcelo Lazzarato; Uma peça por outra de Jean Tadieu, direção Marcelo Lazzarato. Na TV fez participações em Lili, a ex, O negócio, Três Teresas e Retrato Falado. No cinema trabalhou em O Palhaço, longa de Selton Melo; Augustas, longa de Francisco César Filho; A guerra de Arturo, curta de Júlio Taubkin; Onde andará Dulce Veiga?, longa de Guilherme de Almeida Prado.
Riba Carlovich - Encenou peças com o grupo Tapa: (de 1994 até 2003): Casa de Orates, de Arthur Azevedo; Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto; Rasto Atrás, de Jorge Andrade; Ivanov, de Anton Tchekov; Executivos, de Daniel Besse; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Sob direção de Eduardo Tolentino de Araújo, encenou: Amor Por Anexins e O Oráculo, de Arthur Azevedo; Direção, Sandra Corveloni. Suas últimas peças foram: A Cantora Careca de Ionesco, direção de Eduardo Tolentino de Araújo; Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, Direção: Alexandre Reinecke; O Prodígio do Mundo Ocidental, de John Singe, Direção: Ariela Goldman; O Estrangeiro, de Larry Shue, Direção: Alexandre Reinecke; Acorda Brasil, de Antonio Ermírio de Moraes, Direção: José Possi Neto; Toc Toc, de Laurent Bafie, Direção: Alexandre Reinecke; 12 Homens e Uma Sentença, de Reginald Rose, Direção: Eduardo Tolentino de Araújo; Anti Nelson Rodrigues, de Nelson Rodrigues, Direção: Eduardo Tolentino de Araújo; E na TV, seus últimos foram: Participação na novela Caminho da Índias, Rede Globo, de Glória Perez, Direção: Marcos Schetmann; Força Tarefa, Rede Globo, vários autores, Direção: José Alvarenga Junior
Hugo Coelho - Formado em filosofia é ator e diretor. Em 2015 completou 40 anos de profissão com a direção de Morte Acidental de um Anarquista. No teatro, recentemente, dirigiu À Espera de Sérgio Roveri, adaptou e dirigiu O Monstro, a partir do conto homônimo de Sergio Sant’Anna com Genezio de Barros, dirigiu (Selvagens) Homem de Olhos Tristes de Händl Klaus, as comédias Me Segura Senão eu Pulo de Luiz Carlos Cardoso e Hoje tem Mazzaropi de Mario Viana; Retratos de William Douglas Home, Os Jogadores, de Nikolai Gogol, a ópera Treemonisha de Scott Joplin, O Contrabaixo de Patrick Suskind, Meu Primo Walter de Pedro Haidar e Quem Casa quer Casa de Martins Penna. Foi assistente de direção na montagem de Morte Acidental de um Anarquista de Dario Fó com direção de Antonio Abujamra e protagonizada por Antonio Fagundes. Na TV, dirigiu os programas Jornal do Estudante, Brasil Corpo e Alma e o Telecurso segundo grau na TV Globo, a novela Cortina de Vidro de Walcyr Carrasco no SBT e o programa de Entrevistas Terceiro Milênio na Rede Mulher e na Rede Vida. Como ator atuou nos espetáculos Assim é (se lhe parece) de Luigi Pirandello direção de Marco Antonio Pâmio, O Terraço de Jean Claude Carrière com direção de Alexandre Reinecke, Motel Paradiso de Juca de Oliveira com direção de Roberto Lage e Machado de Assis esta Noite autoria e direção de José Antonio de Souza. Na TV fez as novelas: Água na Boca na TV Bandeirantes e, no SBT, O Direito de Nascer, Cristal, Revelação e Amor e Revolução, além das séries Descolados na MTV e O Negócio na HBO. É ganhador do prêmio Myriam Muniz com seu projeto de pesquisa Paixões Humanas, uma breve história do teatro ocidental.
Marcelo Castro - Iniciou sua formação teatral em 1986, tendo estudado no Teatro Escola Macunaíma e na EAD/USP turma de 1990. Participou como ator de 30 espetáculos teatrais entre eles: 1995 “Uma Noite e Tanto” dir. de Roberto Lage; 1996 “Ubu Folias Físicas, Patafisícas e Musicais” dir. de Cacá Rosset; 2002 “Quem Diz se” dir. de José Rubens Siqueira; 2014“Classificados” dir. Domingos Montagner; atualmente atua na peça “Morte Acidental de um Anarquista” dir. Hugo Coelho. Vídeo, Telecurso 2000 “Profissionalizante" Fundação Roberto Marinho / TVN ,280 capítulos e vários comerciais.Tem várias habilidades adquiridas em sua formação no circo desde 1989 como: palhaço, acrobacia, trapézio, malabares, monociclo, atirador de facas, chicote e alpinismo. Faixa preta de judô, tem formação militar, tenente artilheiro R2. Superior incompleto em engenharia na FAAP.
Rodrigo Geribello - Formado em Administração de Empresas na FGV. Empreendedor e proprietário da Abre Aspas, empresa de explicação profissional. Acumula 30 anos de estudos em piano clássico e mais de 15 anos de experiência com música no teatro, compôs trilhas para publicidade e para peças de teatro. Participou da peça “As Viúvas” com o Grupo Tapa fazendo música e sonoplastia ao vivo. Músico e sonoplasta em espetáculos de improviso como Noite de Improviso (com Márcio Ballas) e Improvável (Barbixas).
Serviço
Morte Acidental de um Anarquista
Local - Teatro Arthur Azevedo
Endereço - Avenida Paes de Barros, 955 - Mooca - São Paulo
Capacidade - 349 pessoas
Temporada - de 19 de outubro a 18 de novembro
Dias e horários - sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h.
Duração - 90 minutos
Classificação - 14 anos
Ingressos - R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Estacionamento gratuito no local (vagas limitadas)
Acessibilidade
Ar condicionado
Informações 11 2605 8007
0 Comentários