O que fazer quando o mundo vira de cabeça para baixo



Por Tarsia Gonzales*

Quando começamos a respirar aliviados, notícias bombásticas mudam o curso de tudo. Estamos vivendo, na política e na economia, tempos difíceis. E as reformas iminentes estavam nos dando um novo fôlego, uma nova esperança. E aí, tudo para novamente, parece virar de cabeça para baixo. O que fazer?

Ainda a crise. Quando conseguimos respirar e pensar em saídas, ela voltou a todo vapor. As pessoas estão amedrontadas, os investidores estrangeiros recuaram e muitas empresas estão realmente fechando as portas. Falar de forma positiva neste momento está muito difícil, por isso gostaria de abordar de uma forma real tudo que vem acontecendo e trazer à tona a necessidade do esclarecimento.

A crise foi inevitável. Vivemos um tempo de avalanche de acontecimentos que resultaram em um momento muito difícil da economia. E todos esperávamos por uma mudança drástica, que veio com o impeachment e com a possibilidade de mudarmos a legislação trabalhista e outras tantas necessidades que permaneceram engessadas por muito tempo. E aí, com as últimas denúncias, tudo virou do avesso. Paramos novamente.

Agora, estamos vivendo um momento de aguardar. Infelizmente, muitas empresas não vão conseguir segurar a situação por muito tempo - muitas vão fechar portas e demitir será inevitável. E o que fazer? A única coisa que posso falar nesse momento é: vamos manter a calma. Observar, agir com cautela, determinar o que é prioridade. Não vamos nos apavorar antes um novo momento de instabilidade.

É como uma crise emocional - ela nos toma de assalto, nos revira a vida e nos deixa sem ar. E, nessa hora, não vemos saída. Mas acalmar a alma e observar pode trazer um grande aprendizado. Para, quando tudo isso passar, podermos construir o novo, com bases mais sólidas e uma clareza que só momentos difíceis são capazes de construir.

*Tarsia Gonzales é Presidente do Conselho de Administração da Transpes com especialização em gestão de pessoas, governança e estratégias.

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