Sacolinhas plásticas - você paga e não sabe!


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) decidiu, por unanimidade, que a Associação Paulista de Supermercados (APAS) deve suspender imediatamente sua campanha publicitária contra as sacolas plásticas.

A representação foi feita pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, que se baseou no "Anexo U" do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária que trata de "Apelos de Sustentabilidade" na publicidade no Brasil. Segundo Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, “os princípios éticos exigidos no Anexo U não foram respeitados pela campanha, intitulada "Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”. Ainda segundo Kaimoti, “por meio desta iniciativa e considerando o resultado unânime obtido no julgamento, mostramos à sociedade que a publicidade da APAS em questão não respeita o cidadão, caracterizando uma tentativa de propaganda enganosa".

A opinião da Plastvida é que o consumidor se sentiu lesado, não pela falta de tempo para mudar hábitos, mas sim, por não ver ganho ambiental algum no banimento das sacolas plásticas. Está cada vez mais claro para a população que as sacolinhas não são descartáveis, mas sim reutilizadas principalmente para o acondicionamento do lixo.

"Assim, não há ganho ambiental em bani-las, somente prejuízo para o bolso do consumidor, tanto com a restrição de seu direito de escolha pela embalagem mais adequada, quanto com custos extras em seu orçamento", argumentam.

A Plastivida recomenda que o consumidor exija a sacolinha, que é um direito dele, porque já paga por ela, uma vez que seu custo já está embutido no preço dos produtos. "Esperamos que as reclamações continuem sendo ouvidas e que se faça Justiça", finalizam.

A ação movida pela Plastivida procurou mostrar que o conteúdo da campanha contraria os oito itens da ética publicitária no que se refere à sustentabilidade. Durante o processo no CONAR, a APAS não apresentou qualquer dado científico que embase os apelos ambientais citados na campanha. Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, “a campanha não se mostrou verídica, não apresentou informações com exatidão e clareza, não apresentou fontes científicas para comprovar suas posições, ou seja, deixou a concretude, exigida no código, de lado".

Outro pronto questionado pela Plastivida no processo se refere ao fato de que, em momento algum da campanha, a APAS informou ao cidadão que o custo das sacolas já é embutido no preço dos produtos e que, apesar de deixar de distribuí-las, estas continuam a ser cobradas indiretamente, caracterizando claro prejuízo econômico ao consumidor, sem qualquer vantagem ambiental. Fica a informação, mas a opção é sua. Além disso, a decisão está publicada no site da entidade aquiConfira abaixo um dos vídeos da campanha da APAS e da Plastivida - decisão CONAR:

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