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Foto - Gustavo de Freitas Lara |
A partir de sábado, dia 30 de agosto, o Teatro Santos Augusta apresenta a comédia Meu Remédio, estrelada por Mouhamed Harfouch, com direção de João Fonseca. Em curtíssima temporada, o espetáculo explora, de forma leve e bem humorada, questões sobre origens, ancestralidade, identidade e o poder transformador da aceitação pessoal.
Depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, Meu Remédio estreia em São Paulo, trazendo uma narrativa profundamente pessoal e emotiva, em que Harfouch mergulha na sua história de vida, em um processo criativo íntimo que levou o artista a revisitar sua trajetória, seu nome e sua herança cultural. Assim, o ator, também responsável pelo texto e pela produção, transforma um projeto essencialmente pessoal em uma expressão artística para o grande público, com quem compartilha seus questionamentos e provocações.
Com mais de 40 peças, entre as quais produções musicais como Querido Evan Hansen e Ou Tudo ou Nada (com indicação ao Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator 2016), sua trajetória também inclui novelas (como Pé na Jaca, Amor à Vida e Órfãos da Terra) e séries (como Rensga Hits e Betinho - No Fio da Navalha). Mas é em Meu Remédio que Mouhamed se reinventa, assumindo diversas funções e se desafiando na auto exposição.
O espetáculo traz à tona questões do universo árabe, relembra episódios importantes que fizeram parte de sua jornada e revela de forma sincera o impacto de suas escolhas em sua vida pessoal e profissional.
“Meu Remédio nasce da minha vontade de entender e compartilhar a relação com o meu nome, com minha história de vida, com a mistura de culturas que carrego. Sou filho de imigrantes sírios por parte de pai e portugueses por parte de mãe. Crescer com um nome tão emblemático em um Brasil dos anos 1970, em que o preconceito e a dificuldade de aceitação eram muito presentes, não foi fácil. A peça é uma comédia, mas carrega uma reflexão sobre aceitação e pertencimento, sobre entender que, muitas vezes, o maior remédio é aceitar quem somos", explica Mouhamed.
Embora a ideia de levar a peça aos palcos tenha surgido há dois anos, uma inquietação sobre o tema já acontecia desde a novela Órfãos da Terra. Durante as gravações, Mouhamed foi levado a olhar mais profundamente para sua própria história, sua relação com o pai e com os muitos imigrantes que o cercam. Esse desejo de explorar sua ancestralidade e as dificuldades vividas ao lidar com seu nome e sua identidade se intensificou ao longo das apresentações da peça Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito, estrelada ao lado de Vera Fischer. A reflexão do ator durante a turnê foi o impulso que consolidou a ideia do texto, desafiando-o para além da atuação.
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Foto - Gustavo de Freitas Lara |
A decisão de assumir a produção do espetáculo, que é um dos maiores desafios da sua carreira, foi um passo corajoso. “Já tinha produzido no começo da minha carreira, mas, agora, com mais maturidade, me senti mais preparado para enfrentar esse desafio. Produzir e atuar ao mesmo tempo é uma tarefa árdua. A maior dificuldade foi lidar com as duas funções e ainda me manter fiel à ideia que queria transmitir. Mas, com o apoio de grandes amigos e parceiros como Tadeu Aguiar e Eduardo Bakr, senti que tínhamos força para fazer isso acontecer”, revela Mouhamed.
A parceria com o diretor João Fonseca foi outro pilar fundamental para tirar o sonho do papel. Com vasta experiência à frente de obras biográficas, a exemplo dos musicais sobre a vida de Tim Maia, Cazuza, Cássia Eller, Elvis Presley e Tom Jobim, João trouxe à cena a delicadeza necessária para que o espetáculo equilibrasse o tom de comédia e a profundidade emocional da história.
"João Fonseca é um amigo e um grande diretor. Ele segurou a minha barra de maneira sensível e honesta e acreditou no meu projeto desde o início. Sem ele, não sei se teria conseguido fazer essa transição entre o autor e o ator de forma tão tranquila", comenta Mouhamed, que já trabalhou com Fonseca em Homem de Lata, monólogo online criado durante a pandemia.
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Foto - Gustavo de Freitas Lara |
Misturando elementos autobiográficos e ficcionais, o texto é costurado por algumas canções, entre hits e paródias, cantadas e tocadas ao vivo, marcando transições importantes da narrativa, em que o autor recria personagens significativas das duas primeiras décadas da sua vida. Meu Remédio carrega histórias que conectam o indivíduo ao passado e iluminam seu futuro e convida a todos a olhar para dentro, entender melhor a própria caminhada e perceber como a arte pode ser um remédio.
“Um nome nunca é só um nome. É uma jornada, fala dos que vieram e dos que virão. Poder enxergar melhor os caminhos de fora e nossos desejos é algo que me move. Meu Remédio foi um ponto de partida, pois aceitar quem somos é curativo e a arte salva”, finaliza Mouhamed.
Sobre o Teatro Santos Augusta
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Foto - Reprodução Site |
Como bem lembra o nome, o Teatro Santos Augusta está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista e da estação de Metrô Consolação (linha 2 Verde). Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, gravações, transmissões ao vivo e eventos corporativos, é o primeiro teatro criado pelo arquiteto Isay Weinfeld e ocupa o primeiro andar do Edifício Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo.
Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Teatro Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 1950 e 60, assinado por grandes nomes do design nacional, como os brasileiros Zanine Caldas e Rino Levi e o italiano Carlo Hauner, e uma carta de cafés, pratos e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour.
O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo, o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini. Para mais informações clique aqui.
Ficha técnica
Meu Remédio
Direção - João Fonseca
Idealização, Produção, Texto e Atuação - Mouhamed Harfouch
Figurinos - Ney Madeira e Dani Vidal
Iluminação - Dani Sanchez
Cenógrafo - Nello Marrese
Produtora Executiva - Valéria Meirelles
Coordenação Geral - Edmundo Lippi
Assessoria da Produção - Grazy Pisacane | GPress Comunicação
Assessoria de Imprensa Teatro Santos Augusta - Fernando Sant’ Ana
Assessoria jurídica Teatro Santos Augusta - Carolina Simão
Gerente Técnico Teatro Santos Augusta - Reynold Itiki
Comunicação Teatro Santos Augusta - Dayan Machado
Serviço
Meu Remédio
Temporada - de 30 de agosto a 28 de setembro
Horário - sábados, às 20h e domingos, às 18h
Duração - 75 minutos
Local - Teatro Santos Augusta - Edifício Santos Augusta
Endereço - Alameda Santos, 2159 - Jardins - São Paulo
Capacidade - 240 lugares
Estacionamento com manobrista terceirizado no local
Ingressos - Plateia R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia), Balcão R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)
O acesso ao Balcão se dá apenas por escadas fixas
Horários da Bilheteria - sábados, das 12h30 às 20h30 e domingos, das 10h30 às 18h30
Acessibilidade - ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail aqui
Cancelamentos e reembolsos clique aqui
Ingressos para grupos aqui
Classificação - 10 anos
Em tempo: não será permitida a entrada na sala após o início do espetáculo, não havendo a devolução de valores ou troca de ingressos para outra data.
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