Foto - Reprodução/Globo |
Um debate sobre capacitismo surgiu nas redes sociais após a primeira prova do líder do BBB 24, que começou nesta segunda-feira, dia 08 de janeiro. O paranaense de Maringá, no Noroeste do estado, e atleta paralímpico, Vinicius Rodrigues, de 29 anos, teve a perna esquerda amputada aos 19 anos após sofrer um acidente de trânsito. Durante a prova do líder, o participante Maycon Cosmer perguntou ao atleta se poderia chamar a prótese dele de “cotinho”, inspirado na palavra coto.
Na plataforma X, antigo Twitter, internautas acusam Maycon de ter praticado capacitismo, e pedem que o brother seja eliminado no primeiro paredão. De acordo com a especialista em direito antidiscriminatório, Nilza Sacoman, capacitismo é o preconceito contra pessoas com deficiência.
“Nós temos a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que também é conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, a Lei 13.146, de 2015, no artigo 88 a lei diz que é considerado capacitismo praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência, com pena de reclusão, de 1 a 3 anos e multa”, explica a advogada.
O assunto é pouco discutido no Brasil e muitos não sabem o que é considerado capacitismo. De acordo com o Ministério da Cidadania, dentro do aspecto temos: expressões inadequadas, termos ofensivos ou pejorativos, olhares de julgamento, invasão de privacidade, ausência de pessoas com deficiência em diversos espaços. “O capacitismo tem origem na ideia de um modelo considerado ideal pela sociedade, e a pessoa que está fora dos padrões é considerada incapaz”, ressalta Nilza.
A equipe de Maycon se pronunciou nas redes sociais e diz que lamenta o ocorrido, “acreditamos que Maycon terá a oportunidade de refletir sobre suas falas e aprimorar seu desenvolvimento pessoal”.
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