Provavelmente, você já deve ter escutado alguma canção de David Bowie, vai ver, sempre quis saber quem é o “Starman”, ou até o que Ludwig van Beethoven pensava ao compor a sua nona (e mais consagrada) sinfonia. Conhecer grandes momentos da música, junto com outros, digamos, um tanto lúdicos, é a aventura proposta pelo livro O Céu e o Brilho das Estrelas, do escritor Moacir do Valle Jr, obra de ficção lançada este ano.
A partir de melodias de diversos artistas nacionais e internacionais como Roxy Music, Belchior, Pink Floyd e Rita Lee, o escritor leva o leitor a um passeio pelo universo da música e trabalha a ideia de que o dom musical é para poucos. O autor propõe a seguinte fantasia: “e se Deus existir e ajudar os grandes artistas, como Beethoven? E se as músicas que marcam épocas fossem, de fato, especiais a ponto de a explicação estar relacionada a algo além da capacidade humana?”.
O Céu e o Brilho das Estrelas, atravessa a história da música desde o século XVIII, quando o simpático e nada convencional protagonista, um Agente Celestial, propõe a Deus que utilize a música para salvar a humanidade. O escritor conta os bastidores das criações de algumas das maiores músicas da história, de Bach até meados dos anos 1980, interagindo com músicos como Noel Rosa, Arnaldo Baptista, Kate Bush, John Lennon e até outros artistas, como Machado de Assis, Van Gogh e Sonia Braga. Em busca de trazer um pouco da história de cada composição presente na obra, Valle mescla elementos da fantasia ao fazer o protagonista participar desses momentos históricos.
O livro passa, por exemplo, pela criação de músicas como I Want You (She’s So Heavy) dos Beatles, trazendo como surgiu o icônico final da canção, e Mercedes Benz, de Janis Joplin, que tem explicada sua ‘verdadeira’ origem. Também é possível acompanhar a trajetória de Arnaldo Baptista quando produziu o álbum “Singin’ Alone”, e visitar a loja de vinil Baratos&Afins na Galeria do Rock, em São Paulo. “Toda a história do livro se baseia na ideia de que a música pode transformar o ser humano”, afirma o autor.
Crítica ao mundo corporativo
A burocracia celestial é um dos pontos centrais da obra, uma vez que essa estrutura é capaz de até mesmo impossibilitar a Deus de conseguir executar o que quer, incluindo criar e distribuir o dom musical, conforme proposta do Agente Celestial 147 - sua denominação numérica já faz uma alusão à ideia de que no universo corporativo pessoas são pensadas apenas como números.
“Criei uma história sobre música, mas que também passa, de forma bem humorada, pelo mundo corporativo , onde os processos sufocam as pessoas e limitam sua liberdade criativa, justamente ao contrário da religião, que usa a imaginação demais”, reflete.
A reflexão principal, junto da crítica, é trazer uma homenagem ao talento de tantos artistas no decorrer da história. “Além da homenagem ao talento musical, o livro também traz indicações de músicas, para despertar a curiosidade por conhecer cada um dos artistas”, finaliza o escritor. Para conferir uma seleção de músicas presentes no livro a playlist O Céu e o Brilho das Estrelas está disponível no Spotify (clique aqui).
Sobre o autor
Foto - Divulgação |
Moacir do Valle Jr, natural de Campinas (SP), estreou com o romance cômico psicológico Um Lugar Chamado Pambenil. Com experiência em diversos níveis da hierarquia de uma grande empresa, vivenciou os modismos do mundo corporativo, um dos subtemas de seu segundo livro, O Céu e o Brilho das Estrelas - basicamente uma aventura pela história da música. Dirigiu peças de teatro em São Paulo, Brasília e Florianópolis. Além de escritor, é consultor em inovação e facilitador de Design Thinking.
Ficha técnica
O Céu e o Brilhos das Estrelas
Autor - Moacir do Valle Jr.
Editora - Viseu
Páginas - 438
Preço - R$ 9,90 (e-book) e R$ 60,39 (impresso)
Para mais informações ou comprar o e-book clique aqui e o livro impresso aqui
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