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Foto - Divulgação |
'Credo Quia Absurdum' significa ‘creio porque é absurdo’, porque é inexplicável. Trata-se de uma expressão apócrifa, usada para indicar que a fé, para crer, não necessita de ser compreendida.
O espetáculo, com sua pluralidade circense, fará um elogio à diversidade religiosa de forma poética, cômica e empolgante, respeitando as crenças e as religiões que tentam dar sentido à existência humana.
O ator Esio Magalhães, que assina a dramaturgia e direção, além de interpretar o personagem Zabobrim, revela, em primeira mão, o argumento: "numa apresentação de circo, o palhaço Zabobrim, acidentalmente, chega ao portal entre a vida e a morte. Ali, se vê diante de suas certezas e dúvidas a respeito da própria existência, num possível dia do seu juízo final. Imaginando estar na porta do céu e sabendo-se um pecador inveterado, começa a rezar desenfreadamente para se salvar. Porém, ao contrário do que esperava, surgem vários seres imortais representando diversas religiões, crenças, filosofias e a ciência. Estes imortais serão apresentados pelas múltiplas especialidades dos números circenses, como acrobacia mão a mão, faixa aérea, bambolê, pixel, contorcionismo e lira".
“Em tempos tão difíceis, em que o fundamentalismo e a violência se naturalizam cada vez mais em nossa sociedade, falar de diversidade religiosa com poesia, respeito e humor é “importantíssimo” para elevar o nível de convivência e sociabilidade entre os nossos concidadãos”, frisa Esio.
O artista destaca, ainda, a religião e a ciência como vertentes que seguem lado a lado. “A religião é um dos caminhos por onde nós, seres humanos, escolhemos, cada um à sua maneira, exercer sua relação com a espiritualidade. É uma manifestação cultural muito necessária, capaz de trazer alento, unir pessoas e ajudar a superar dificuldades. A ciência também é um caminho que busca, por meio de evidências, explicar este mistério. A liberdade de consciência de crença é assegurada pela Constituição Federal de 1988. Nosso espetáculo é um elogio à espiritualidade e à ciência, à diversidade de crenças, religiões e filosofias”, reflete.
Para tratar um tema tão caro e fazer um espetáculo digno, “optamos por não limitar nosso projeto aos recursos oferecidos por um edital público”, afirma Esio. Dessa forma, o Barracão Teatro manteve a ideia original, com a excelência de seus artistas, e vem à público angariar os recursos que darão materialidade a este bem simbólico proporcionado pela arte circense. O processo de ensaio de Credo Quia começa em abril e prossegue até agosto. A estreia está prevista entre agosto e setembro de 2021.
Como participar
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A Campanha de Financiamento Coletivo Credo Quia segue até 31 de maio. No site do Barracão Teatro (clique aqui) estão disponíveis todas as informações sobre as formas de contribuição, as recompensas de cada cota e o envolvimento com o projeto tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.
Vale ressaltar que as contribuições beneficiarão também estudantes de escolas de circo de diversas regiões do Brasil. A cada cota atingida, nos três primeiros níveis de envolvimento da campanha, será oferecido o acesso total ao processo de criação e produção do espetáculo para estudantes de circo e artes cênicas.
A Campanha já conta com uma “embaixada” formada por 16 pessoas que não só apoiam o projeto, como “dão respaldo com a sua credibilidade no nosso trabalho artístico. São professores universitários, profissionais de diversas formações e ramos de atividade que multiplicam o alcance da campanha para outras áreas da sociedade”, explica o artista.
Os nomes dos integrantes da “embaixada” e de quem já está apoiando o projeto estão no portal do Barracão do Teatro. “Vossos nomes, se quiserdes identificar-vos, estarão aqui! O que, para nós, será um inenarrável júbilo!”, conclui Esio, no melhor estilo do palhaço Zabobrim.
Confira no vídeo abaixo mais detalhes da campanha e do espetáculo:
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