Livro revela as mulheres que foram importantes protagonistas durante o nazismo

Eva Braun e Hitler. Foto - Divulgação obra 'Personagens do Terceiro Reich'

Como dizem, se o "capeta", "diabo" ou "o coisa ruim", tivesse que aparecer para seduzir alguém, jamais seria como retratado em muitas gravuras ou em filmes: com chifres, rabo e malcheiroso. Viria sim impecável, bonitão, inteligente etc.

Seguindo essa linha de raciocínio, não é de se admirar que muitas foram as mulheres que caíram no conto maligno do nazismo e de Hitler. Tido na época como um símbolo sexual e “um homem excitante”, segundo observou uma de suas secretárias Traudl Junge. O gênio do mal, seguindo a cartilha de seu mestre, conseguiu seduzir inúmeras mulheres.

Mas quem foram essas mulheres? O que levou algumas delas ao deslumbre do nazismo? Quais são suas verdades? Confira abaixo, três mulheres que, de uma forma ou de outra foram, foram protagonistas do nazismo e são descritas na obra do historiador Rodrigo Trespach, 'Personagens do Terceiro Reich', publicada pela Editora 106.

Eva Braun (1912-1945)

Foto - Wikipédia

Impossível não falar da primeira dama do mal, relatada como a ideia de mulher alemã perfeita ao nazismo: loira de olhos azuis, boas pernas, seios firmes e quadris redondos. Eva nasceu em Munique, mas estudou em uma aldeia bávara em frente a Braunau, cidade natal de Hitler. Ela o conheceu em setembro de 1929, quando tinha apenas 17 anos e ele passara dos 40, enquanto trabalhava como assistente no estúdio de Heinrich Hoffmann, o fotografo oficial do líder nazista.

Eva era à frente de seu tempo, usava maquiagem e batom, numa época em que isso era considerado antifeminino e antigermânico. Viveu uma vida à sombra do Hitller, sempre menosprezada, seu relacionamento com o Führer só foi reconhecido no dia 29 de abril com a chancelaria sob intenso fogo da artilharia soviética.

Eva cometeu suicídio ao lado de Hitler com ampolas de cianeto de potássio. Mais tarde, uma de suas primas declarou que Eva foi desesperadamente infeliz em sua vida.

Leni Riefenstahl (1902-2003)

Foto - Divulgação obra 'Personagens do Terceiro Reich'

A cineasta responsável por criar uma estética para as ideias de Hitler com seu documentário, 'O Triunfo da Vontade', de 1935, viveu até os 101 anos negando ter feito propaganda para a Alemanha nazista.

Leni nasceu em Berlim, filha de um rico empresário, não se interessou pelos negócios do pai, ao contrário, seguiu suas inclinações artísticas. Foi bailarina, mas uma lesão no joelho a afastou dos palcos e a levou direto ao universo cinematográfico como atriz e posteriormente diretora.

Até hoje, Leni é considerada uma das maiores artistas da sétima arte, entretanto, seu passado a seguiu até o fim, pois segundo ela mesma alguém tinha de ser acusado e difamado, e a escolheram porque fez o filme perfeito.

Johanna Maria Magdalena Quandt (1901-1945)

Foto - Wikipédia

Antes de se casar com 
Goebbels e ser tida como a esposa modelo do nazismoJohanna teve um  primeiro casamento, no início de 1921, com o industrial alemão Günther Quandt. Aliás, que enriqueceu quando Hitler chegou ao poder. Apenas como curiosidade, Quandt fundou um império, que tem várias empresas, entre elas a BMW. Em novembro de 1921 tiveram um filho, Harald Quandt.

A partir de 1931, ano em que se casa com Goebbels, dedicou sua vida ao marido, a quem deu um número grande de filhos e colocou todos com a letra H, de Hitler. Devotada à causa, era até pouco comum mesmo para os padrões do regime, por vezes fazia o papel de acompanhante do ditador em eventos. Atendiam aos requisitos do ideal nacional-socialista de mulher e mãe reprodutora.

Após a morte do Führer envenenou seis dos seus filhos e se matou, pois como escrevera na carta ao seu primogênito, “não valia a pena viver no mundo que há de vir depois do Führer e do nacional-socialismo”.

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