Companhia de dança de Deborah Colker apresenta o espetáculo Cão Sem Plumas


Espetáculo Cão sem Plumas com a Cia de Dança Deborah Colker. Foto - Divulgação

O grupo faz única apresentação, na cidade de São Caetano, do espetáculo baseado no poema de João Cabral de Melo Neto que mistura dança e cinema

O renomado espetáculo “Cão Sem Plumas”, da companhia de dança Deborah Colker, chega à cidade de São Caetano do Sul - São Paulo, pela primeira vez. Em única apresentação, dia 05 de junho, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, a performance que retrata as misérias do estado de Pernambuco, completará um ano de apresentações e teatros lotados.

A estreia nacional aconteceu em junho do ano passado, no Teatro Guararapes, em Recife e depois seguiu turnê passando por várias cidades do Brasil. Sucesso de público e crítica, já foi visto por mais de 100 mil pessoas em 31 cidades.

O espetáculo, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), publicado em 1950, acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.

Espetáculo Cão sem Plumas com a Cia de Dança Deborah Colker. Foto - Divulgação

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis - diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato - são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos, completando o cenário. As imagens foram registradas quando a coreógrafa, o cineasta e toda a companhia de dança, viajaram durante 24 dias do limite entre o sertão e o agreste do Estado de Pernambuco até Recife.

A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte, como Gringo Cardia, e na iluminação, Jorginho de Carvalho. Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.

Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.

Espetáculo Cão sem Plumas com a Cia de Dança Deborah Colker. Foto - Divulgação

Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares. “Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.

Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira. “Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.

Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo). Em 2009, criou um espetáculo para o Cirque de Soleil: Ovo. Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Espetáculo Cão sem Plumas com a Cia de Dança Deborah Colker. Foto - Divulgação

Ficha técnica
Cão Sem Plumas
Criação, Coreografia e Direção - Deborah Colker
Direção Executiva - João Elias
Direção Cinematográfica e Dramaturgia - Cláudio Assis
Direção de Arte e Cenografia - Gringo Cardia
Direção Musical - Jorge Dü Peixe e Berna Ceppas - participação especial Lirinha
Desenho de Luz - Jorginho de Carvalho
Figurinos - Cláudia Kopke
Patrocínio - Petrobrás

Serviço
Cão Sem Plumas
Data - 05 de junho
Horário - 20h30
Duração - 70 minutos
Local - Teatro Paulo Machado de Carvalho
Endereço - Alameda Conde de Porto Alegre, 840 - São Caetano do Sul (SP)
Ingressos - Setor I R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia), Setor II R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)
A bilheteria do teatro abrirá para a venda dos ingressos somente na semana que antecede o evento
Vendas online - Bilheteria Express Eventos aqui
Pontos de Venda com taxa de serviço
Pizza Mania Pizzaria
Endereço - Rua João D'agostini, 150 - Bairro Mauá - São Caetano do Sul
Horário - terça a quinta e domingo das 18h às 23h - sexta e sábado das 18h às 24h
Dream Car
Endereço - Estrada das Lágrimas, 658 - Jardim São Caetano - São Caetano do Sul
Horário - segunda à sexta-feira das 08h30 às 17h
Descontos - Cartão Petrobrás e Força de Trabalho - 50% até 2 ingressos por apresentação. Desconto não cumulativo.
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Classificação - livre
Mais informações 11 4220-3924

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