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Foto - Chris F |
O governo federal anunciou nesta terça-feira, dia 30 de setembro, um plano emergencial para enfrentar os casos de intoxicação por metanol. Cinco mortes já foram confirmadas como intoxicação pela substância, em São Paulo. A situação preocupa porque, diferentemente do padrão histórico, os novos casos não estão associados a pessoas em extrema vulnerabilidade ou em situação de rua que ingeriram álcool adulterado. Mas, à pessoas que ingeriram bebidas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka adulterados.
O governo anunciou que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem e a possível rede de distribuição ilegal do metanol entre estados. A Secretaria Nacional do Consumidor também instaurou procedimento administrativo para acompanhar as ocorrências. Na área da saúde, o ministério determinou que todas as unidades do SUS notifiquem imediatamente casos suspeitos, reforçando protocolos de atendimento. Uma nota técnica vai ser publicada para orientar equipes de urgência e emergência. O ministro Alexandre Padilha destacou que já foram notificadas, só em setembro, quase metade do total de casos esperados para todo um ano, o que acende um sinal vermelho.
Os Procons de todo o país também vão receber orientações, assim como os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. O ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça, frisou que a ação federal envolve ampliar os alertas e identificar a cadeia de circulação das bebidas adulteradas. A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica. Os sintomas vão de visão turva e náuseas até risco de morte. Quem apresentar sinais deve procurar imediatamente atendimento no SUS ou acionar os canais de emergência: Disque-Intoxicação da Anvisa, 0800 722 6001, ou o CCI-SP, no 0800 771 3733, disponível em todo o Brasil.
Reportagem Katia Maia
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