O In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical anuncia os vencedores de sua 17ª edição, que acontece até 22 de junho, em São Paulo, e com um recorte da programação online nas plataformas Sesc Digital e Itaú Cultural Play (IC Play), até 26 de junho, e na Spcine Play, até o dia 29.
O grande vencedor da Competição Nacional foi Brasiliana - O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo, que receberá como prêmio uma exibição especial no In-Edit Barcelona 2025, na Espanha, com a presença do diretor.
Segundo o júri, composto por Viviane Pistache (pesquisadora e crítica de cinema), Dácio Pinheiro (cineasta e produtor) e Gilberto Porcidonio (jornalista, roteirista e escritor carioca), o filme vencedor reconstrói uma história fundamental, revelando um Brasil que, por 25 anos, circulou pela Europa com um espetáculo musical de corpo de baile, maestro e trilha sonora, e que ainda permanece desconhecido do grande público. A obra combina uma rigorosa pesquisa de arquivos a uma direção sensível, que reafirma o cinema negro como parte essencial do cinema brasileiro em diálogo com o mundo.
O júri também concedeu menção honrosa ao documentário Amor e Morte em Júlio Reny, de Fabrício Cantanhede, por sua narrativa ousada construída a partir de arquivos raros e depoimentos íntimos de um dos personagens mais injustiçados do rock nacional.
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Frame de Brasiliana - O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo |
O filme vencedor Brasiliana - O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo, ganha uma sessão especial no dia 22 de junho, domingo, às 19h30, na área externa da Cinemateca Brasileira, com entrada gratuita. Já o documentário Amor e Morte em Júlio Reny, de Fabrício Cantanhede, que recebeu menção honrosa, está disponível na plataforma Sesc Digital, até dia 26.
"Algumas tramas que sedimentam imaginários sobre nossa brasilidade ainda aguardam a necessária lupa da História. Este ano o festival premia um filme que tanto diz sobre um Brasil que samba e sangra, mas que é absurdamente desconhecido, ainda que profundamente familiar. Um filme que reconstrói uma história fundamental, sobre um Brasil que por 25 anos circulou pela Europa, com corpo de baile, maestro e trilha sonora e que escreveu um capítulo da nossa história, agenciando talentos e sonhos de modo (in)consciente. Um filme que resgata uma pesquisa de arquivo que é um patrimônio imemorial, com direção de um cineasta que tem pavimentado a história do cinema negro como cinema brasileiro na diáspora. Assim, o prêmio de Melhor Filme do In-Edit Brasil 2025 vai para Brasiliana - O Musical Negro Que Apresentou O Brasil Ao Mundo, de Joel Zito Araújo", justificam os jurados.
"O In-Edit concede menção honrosa para um filme que teve a coragem de ser ousado, narrado com arquivos raros e depoimentos em primeira pessoa de um grande gênio injustiçado do nosso cancioneiro. Um filme que nos apresenta um homem habitado por talentos, amores, dores, fé, sorte e feitiços, como um herói que assume a força e as polêmicas de seu tempo. Assim, a menção honrosa vai para um documentário que homenageia um personagem que é a plena tradução da ode ao fracasso, por ser genial e azarado demais. Assim, a menção honrosa vai para Amor e Morte em Júlio Reny, de Fabrício Cantanhede", finalizam.
Serviço
17º In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical
Período - de 11 a 22 de junho
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