Cinebiografia de Angela Ro Ro levará passado e presente da cantora para as telonas

Foto - Divulgação

Filmagens já começaram e incluem o show solo realizado no Teatro Rival, dia 06 de janeiro, no Rio, e a participação no espetáculo Transa, de Caetano Veloso, em São Paulo

A voz marcante de Angela Ro Ro vai para a tela do cinema sob o faro da cineasta Liliane Mutti, que em 2022 lançou o longa Miúcha, a voz da Bossa Nova que foi exibido em 32 países. O filme vai reunir registros do passado e presente de Ro Ro, que já começaram a ser garimpados. No sábado, dia 06 de janeiro, as filmagens aconteceram no show da cantora no Teatro Rival, no Rio de Janeiro.

Uma das características mais marcantes de Ro Ro nos palcos é a sua interação direta com o público e os músicos que a acompanham. Quem já assistiu, sabe como Angela Ro Ro performa, conversa e brilha, com a sua espontaneidade arrebatadora.

“O Teatro Rival é um lugar muito importante para mim, eu sempre faço meu primeiro show do ano aqui, há mais de 30 anos. É um ambiente onde fico bem próxima ao público, mais intimista e tenho muita troca com as pessoas. Me sinto completa, a vontade aqui. Vou continuar cantando até quando conseguir”, comenta Angela.

Show no Teatro Rival no Rio de Janeiro. Foto - Jonathan Oliveira

No filme, além da história dessa mulher com a voz inconfundível na música brasileira, a sinergia entre a vida pessoal e a pública poderá ser conferida sob o olhar de Liliane Mutti, que fala um pouco sobre a cinebiografia:“a Angela é completamente única no cenário musical mundial, de uma personalidade que reconhecemos desde o primeiro verso, seja como cantora ou compositora. Ela vem atravessando décadas nos palcos, com uma capacidade contagiante de rir, mesmo nos momentos em que a vida lhe deu rasteiras”.

O filme vai mostrar imagens da sua história, seja nos estúdios, em casa ou nos palcos, por meio de um acervo pessoal inédito, misturando passado e presente. “Atravessamos os tumultuados anos 1980 com ela e seguimos ela nos palcos, que é onde domina a cena como ninguém, às vezes só Ro Ro e um piano”, observa Mutti.

Entre as muitas histórias, a cinebiografia vai contar sobre o dia em que Ro Ro foi apresentada a Caetano Veloso pelo cineasta baiano Glauber Rocha. Além disso, na trilha sonora não poderia faltar Escândalo, letra composta por Caetano especialmente para Ro Ro, e a participação dela tocando gaita no álbum Transa, gravado em Londres.

“Angela Ro Ro, é a maior blues women brasileira e é a única mulher do disco Transa, de 1972, e da sua reedição no show de 2023, onde acompanhamos todas as suas participações em São Paulo, dentro e fora dos palcos”, finaliza a cineasta.

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