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Foto - Ethel Braga |
O texto Zebra Sem Nome foi escrito pela dramaturga e roteirista Maria Shu ao lado de sua filha Heloísa, na época com sete anos. Curiosa sobre temas como representatividade, gênero e classe social - perguntas motrizes da menina - a dramaturgia aborda esses assuntos de forma lúdica com personagens divertidos e que andam em bando. A peça, que estreia no teatro Sesc Belenzinho no dia 1º de julho e fica em cartaz até o dia 30, também marca o segundo encontro entre as artistas negras e pesquisadoras das narrativas cênicas, Shu e a diretora Marina Esteves.
Foi na montagem da peça infantojuvenil de autoria de Maria Shu Quando eu morrer, vou contar tudo a Deus, feita pelo coletivo O Bonde - grupo em que Marina Esteves é cofundadora, produtora e atriz - que ambas tiveram o primeiro contato artístico. O espetáculo foi visto por mais de oito mil pessoas em São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis.
Zebra Sem Nome é o primeiro trabalho, fora do Coletivo O Bonde, em que Marina assina a direção e concepção geral, depois de sete anos de pesquisa das infâncias e de atuar em sete peças para infâncias. “De certa forma, a peça é uma reverberação do meu encontro com a Maria Shu, artistas negras que se propõem a realizar coisas do mundo”, revela Marina Esteves.
No enredo, a personagem Zebra sai da savana africana em busca da sua identidade e de um nome para chamar de seu. No percurso, ao conhecer novos lugares também se depara com figuras importantes para suas descobertas e sua busca por identidade.
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Foto - Ethel Braga |
“A peça tem como recorte a união de mulheres negras. A Zebra, enquanto passa por esses espaços, encontra personalidades negras, como Glória Maria, Lélia Gonzales, Conceição Evaristo, Palhaça Chamego, primeira palhaça negra no Brasil. Essas pessoas a fazem se reconhecer como indivíduo. Ela também aprende que, andando em bando - as zebras sabem disso, elas andam em bandos femininos -, ela consegue encontrar sua própria identidade”, conta a diretora.
No palco, atores e musicistas. A peça é embalada por uma trilha sonora ao vivo que mescla canções originais, a sonoridade e a musicalidade do centro-oeste da África. Com uma DJ em cena, as músicas sampleadas vão conduzindo o caminho e os encontros das personagens. “Nosso público será surpreendido com a musicalidade altiva, festiva e vibrante que se inicia no espaço”, diz Marina.
Depois de tantas voltas, a zebra volta para a savana cheia de conhecimentos, disposta a ensinar o que aprendeu e a valorizar sua terra e sua ancestralidade. E também encontra um nome e uma profissão especial.
Sinopse
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Foto - Ethel Braga |
Uma jovem e inquieta zebra, moradora da savana africana faz uma jornada mundo afora em busca de autoconhecimento e do direito mais básico de todos: um nome para chamar de seu, um sinal que a caracterize como indivíduo na manada e na sociedade. Para isso, Zebra Sem Nome contará com aliados e passará por espaços aprendendo os conceitos de liberdade, empatia, solidariedade e justiça. Essa heroína retornará à savana com sua bagagem cheia de conhecimento para dividir com os seus iguais e com uma descoberta surpreendente: a alcunha mais incrível que poderia ter.
Ficha técnica
Zebra Sem Nome
Concepção e Direção Geral - Marina Esteves
Dramaturgia - Maria Shu
Reelaboração Textual e Dramaturgismo - Jhonny Salaberg, Joy Catharina e Marina Esteves
Elenco - Joy Catharina e Jhonny Salaberg
Direção Musical e Trilha Sonora Original - Felipe Gomes Moreira
Produção Musical - Dani Nega
Musicistas - DJ K-Mina, Jonatah Cardoso e Larissa Oliveira
Preparação Corporal, Direção de Movimento e Coreografias - Marina Esteves
Desenho de Luz - Matheus Brant
Operação de Luz - Juliana Jesus
Figurino - Felipa Damasco
Modelista - Raquel Brandão
Cenografia e Adereços - Livia Loureiro
Execução de Cenário e Mobiliário - Mateus Fiorentino
Desenho e Operação de Som - André Papi
Videografismo - Gabriela Miranda
Ilustrações e Quadrinhos - Gabu Brito
Orientação cômica e circense (cena circo) - Filipe Bregantim
Orientação em Jogos e Encantarias - Vanessa Rosa
Provocação Cênica - Filipe Celestino
Estágio - Chidi Portuguez
Cenotécnica - Helen Lucinda
Fotografia - Ethel Braga
Mídias Sociais - Isabela Alves
Assessoria de Imprensa - Márcia Marques e Daniele Valério | Canal Aberto
Produção Jurídica - Corpo Rastreado
Produção Executiva - Thiago Moreira
Produção Artística - Katia Manfredi
Idealização - Marina Esteves e Maria Shu
Realização - Sesc SP
Apoio - Prêmio Zé Renato
A canção de abertura, Não há mais nada para aprender aqui, faz uma citação a canção Raízes do compositor José Geraldo Rocha, que cedeu gentilmente sua obra
Agradecimentos - Ailton Barros, Circo Guarany, Casa 11, Cristiano Gouveia, Família Gomes Moreira, Gabriela Gonçalves, Gisely Alves, Graciane Diniz, Jessica Turbiani, José Geraldo Rocha, Kalu Manfredi, Lucas Cardoso, Mariana Gabriel e família, Murilo de Lima Giavarotti, Nara Dias Gugliano, Nouve, O Bonde, Rosemary Martins e Wagner Antonio
Serviço
Zebra Sem Nome
Temporada - de 01 a 30 de julho
Horário - quintas, às 15h, sábados e domingos, às 12h
Duração - 50 minutos
Local - Sesc Belenzinho - Teatro
Endereço - Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho - São Paulo
Capacidade - 374 lugares
Ingressos - R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 (meia) e R$ 8,00 (Credencial Plena)
Crianças até 12 anos não pagam
Ingressos à venda no portal aqui e nas bilheterias das unidades Sesc
Classificação - livre
Para mais informações 11 2076-9700 e no site aqui
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