Meu Casulo de Drywall tem sua estreia mundial no Festival SXSW 2023

A estreante Bella Piero divide as telas com a veterana dos festivais de Sundance e Cannes, Maria Luisa Mendonça. Foto - Stella Carvalho

Longa autoral da diretora 
Caroline Fioratti,  é o único brasileiro selecionado para o evento

O terceiro longa da cineasta Caroline Fioratti, Meu Casulo de Drywall, seu primeiro filme autoral, fará sua estreia mundial dentro da seção Global do SXSW – South by Southwest, um dos maiores festivais norte-americanos e do mundo, que acontece entre os dias 10 e 19 de março.

A história impactante gira em torno de Virgínia, uma jovem que morre durante sua festa de 17 anos. O filme, então, acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio, que são afetados pela tragédia. Os pais, amigos e o namorado da garota precisam lidar com a culpa e o luto que caem sobre eles, enquanto tentam responder: quem matou Virginia?

A estreante Bella Piero divide as telas com a veterana dos festivais de Sundance e Cannes, Maria Luisa Mendonça, que interpreta sua mãe. O elenco inclui Michel Joelsas, conhecido por seus papéis em A Segunda Mãe (vencedor de Sundance e Berlin Panorama) e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Competição de Berlim), e Mari Oliveira, a estrela de Medusa (Quinzena dos Realizadores de Cannes).

Lançando sua carreira internacional com Meu Casulo de Drywall, Fioratti já consolidou seu nome no mercado brasileiro como escritora e diretora de filmes e séries de sucesso. Ela é a criadora e diretora da série indicada ao iEmmys A Grande Jornada e diretora da série original Netflix Temporada de Verão, entre outras. Em longas-metragens, ela dirigiu Meus 15 Anos, um sucesso de bilheteria, e Amarração do Amor, uma comédia exclusiva do Amazon Prime Video. Meu Casulo de Drywall é seu terceiro longa e seu projeto mais pessoal até hoje.

Caco Ciocler interpreta o Juiz Roberto. Foto - Stella Carvalho

"Essa é minha obra mais autoral, na qual tive a oportunidade de mergulhar nas minhas dores da adolescência e compreender como essas mesmas dores ressoam nos jovens de hoje. Quando eu soube da seleção no SXSW, foi uma alegria imensa, pois é um festival que tem no público jovem seu interlocutor, além de ser um espaço para filmes que propõe inovações narrativas e estéticas. Vai ser uma honra representar o audiovisual brasileiro esse ano no festival", conta a cineasta.

Caroline conta que se interessou por narrar uma história que se passa nesse microcosmo do condomínio, pois foi na sua adolescência o momento em que esses empreendimentos começaram a surgir como promessa de um oásis de segurança. Duas décadas se passaram e os condomínios se tornaram mais elitizados e parte marcante do cenário urbano-social brasileiro.

"Nos últimos anos, o Brasil vem testemunhando um processo de condominização da vida. Crianças e jovens crescem em condomínios que são pequenas cidades, nas quais a maioria tem as mesmas condições financeiras, cor de pele branca e posição política. Funcionários vêm de longe trabalhar, entram pela porta de serviço e servem sem serem vistos. Minha intenção com esse filme não é uma simples crítica, mas um caminho para a compreensão. Tenho imensa empatia e compaixão pelos personagens e torço para que encontrem uma forma de ultrapassar os muros reais e simbólicos. Meu Casulo de Drywall é um grito silencioso dessa juventude que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para além dos muros".

Escrito e dirigido por Caroline, o filme é uma produção da Aurora Filmes em coprodução com a Haikai Films e distribuição pela Gullane. A participação do filme no festival conta com o apoio do Projeto Paradiso, SPCine, CreativeSP e Instituto Guimarães Rosa. A produção é apoiada pela Ancine por meio de seu Fundo do Setor Audiovisual.

Sinopse

Foto - Stella Carvalho

Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo parecer perfeito, Virginia não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce com uma tragédia que abala o condomínio: Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.

Ficha técnica
Meu Casulo de Drywall
Roteiro e Direção - Caroline Fioratti
Elenco - Maria Luisa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho e Caco Ciocler
Participações Especiais - Débora Duboc, Flávia Bottle, Marat Descartes e Lena Roque
Fotografia - Helcio German Nagamine
Montagem - Leopoldo Joe Nakata
Desenho de Produção - Monica Palazzo
Figurino - César Martins
Maquiagem - Natie Cortez
Som Direto - Fred França
Desenho de Som e Mixagem - Ricardo Reis
Supervisão de Desenho de Som - Miriam Biderman
Trilha Sonora Original - Flavia Tygel
Elenco - Diogo Ferreira
Preparação do Elenco - Tomás Rezende
Gerente de Produção - Lia Rezende
Produtores Executivos - Rui Pires e André Montenegro
Produção - Aurora Filmes
Coprodução - Haikai Filmes
Distribuição - Gullane Distribution

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