Itanhaém realiza a 9ª edição do Festival da Diversidade Cultural

Dança Cigana. Foto - Divulgação

Tradicional Festival da cidade conta com atrações ligadas à cultura, educação, direitos humanos e cidadania

O Centro de Itanhaém, cidade do litoral sul de São Paulo, será, pela primeira vez, nos dias 09 e 10 de julho, palco do “Festival da Diversidade Cultural de Itanhaém”, que chega à 9ª edição com uma programação gratuita e repleta de atrações ligadas ao teatro, música, dança, artesanato, direitos humanos e palestras.

Ao longo desses dois dias, qualquer interessado terá a oportunidade de vivenciar experiências culturais e de entretenimento. O Festival é uma realização da produtora Santuarium Cultural, que por meio do ProAC, da Secretaria de Economia Criativa do Estado de São Paulo, com apoio da Prefeitura Municipal de Itanhaém, e pretende trazer ao público uma mostra da pluralidade cultural e artística internacional, brasileira e regional.

A programação focada na cultura, educação, direitos humanos e cidadania, contação de história, capoeira, danças típicas e étnicas, música tradicional e folclórica, a inclusão sob vários aspectos, performances teatrais, performances artísticas LGBTQIA+, apresentações de cultura afro-brasileiras e matrizes africanas e ações culturais.

Contação de histórias do nosso folclore de forma lúdica com a atriz Kelly Franco. Foto - Divulgação

O evento é uma oportunidade para que artistas locais e de outras regiões possam levar aos moradores do litoral de São Paulo mais lazer e cultura, tendo a diversidade de ideias e culturais como base: “quando utilizamos o termo diversidade é muito importante termos claro que estamos nos referindo ao ser humano em suas diversas possibilidades de existência, ou seja, etnia, gênero, raça, nacionalidade, religião, regionalidade e faixas etárias. É exatamente neste sentido que o festival se empenha em prestar o serviço não apenas no fortalecimento da identidade de cada um dos segmentos abordados, mas também na integração entre eles e, desta integração, um exemplo real de convivência harmônica dentro de um conceito de cultura de paz. Segundo Gilberto Freyre, o brasileiro típico tem um pé na senzala, ou na taba, pois somos quase todos mestiços. A arte e a cultura são meios para quebrar dogmas, preconceitos e barreiras; resgatar a cidadania cultural e valorizar a diversidade, inclusive como forma de sobrevivência” explica Luciana Dara, idealizadora e coordenadora do evento desde sua 1ª edição.

O projeto conta com a curadoria de Heitor Werneck, com muitos trabalhos culturais voltados à diversidade, também idealizador e coordenador da Parada LGBTQIA+ de São Paulo, um dos maiores eventos do mundo.

Entre as atividades, haverá a contação de histórias, com a atriz Kelly Franco, que trará de forma lúdica histórias do nosso folclore, itãs do candomblé e lendas misteriosas, de forma que mesmo as crianças aprendam se divertindo. Ela estará acompanhada da mãe, a humorista Gell Correia, famosa das pegadinhas do SBT que também animará a festa.

Grupo Afoxé Laroye Brasil trará os toques e cantos do Afoxé da Bahia

Integrantes da Tribo Mborai Mirim de Itanhaém farão cânticos sagrados e danças indígenas

A consciência negra e os aspectos da diversidade cultural serão abordados nas palestras de Júlio Tumbi Are, formado em ciências sociais na USP, entre outras, respeitado especialista em relações étnico-raciais, multiculturalismo, antropologia, direito, ciências sociais e pedagogia.

A indígena Tamikuã Pataxó, de Alagoas, fará atividade de ensino da pintura indígena. Esses povos carregam no rosto a identidade. A pintura tem tanto sentido para os indígenas, que expressa o que o indivíduo representa no grupo e até o estado civil. A mistura mais comum que define os traços é feita de urucum e jenipapo.

Ainda entre indígenas, membros das tribos Mborai Mirim e Rio Branco, de Itanhaém, trarão o belíssimo coral guarani com cânticos sagrados, além do artesanato e o convite aos que queiram conhecer as tribos e participar de vivências culturais que costumam promover.

Estará representando o Xamanismo Andino Amazônico, Inti Wahua, da Nação KetchuaInti Wahua (Filho do Sol). Nascido em Cochabamba na Bolívia e atualmente residente de São Paulo, trará música, artesanato e experiências. Atua por todo o Brasil divulgando o Xamanismo e a cultura Andina. Lino Hauman - De Cuzco, Peru, fará show musical com zampoñas, também conhecidas como as flautas Andinas.

Na vertente LGBTQIA+ haverá quatro performances Drag Queen, como por exemplo, a de Zazá Up, do coletivo Mascárate de Embu Guaçu, que esteve em Itanhaém na 8ª edição do evento, da Miss Lilith, famosa Gay de Itanhaém, também fará participação.

Um momento de fé e cultura

Bendito Carimbó do Pará fará apresentação com Música e Dança. Foto - Divulgação

De origem portuguesa, O Reisado de Itanhaém já acontece há cerca de três séculos, desde o início da Vila Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. O grupo fará os cantos dos versos de entrada, pedidos, agradecimentos e despedidas do Reisado, além de cantos de Itanhaém.

"Até a década de 60, o grupo era formado somente por homens e com músicos que tocavam instrumentos de sopro. A partir de 1970, jovens, crianças e mulheres começaram a participar. As músicas são acompanhadas por instrumentos de corda, percussão e de sopro, com laços do "vira lusitano". O violão, o cavaco, a timba e o pandeiro são os instrumentos mais presentes", esclarece Ernesto Bechelli, um dos coordenadores do grupo.

Entre as apresentações musicais estão confirmados os grupos Forró Caiçara, Toque de Sedução (samba e pagonejo) e o cantor Franco Rossignolli, com repertório de músicas latinas e italianas. Franco ou “El Floritto”, como gosta de ser chamado, foi uma das revelações da Virada Inclusiva 2019, no Parque da Água Branca em São Paulo. Layd Lopes, uma incrível voz da música sertaneja, se apresentará sábado à noite. A animação continuará com Mani Carimbó, dançarina que se apresenta Brasil afora levando a beleza e alegria carimbó em vários eventos e festividades.

Betty Rian é professora do Grupo Conviver de Itanhaém com danças ciganas e brasileiras. Foto - Divulgação

A arte da consciência das ruas, Hip-Hop, Trap, Funk raiz terá voz por Grimas100g, Frank Apache e Muny Hare, que além de terem importante atuação junto às comunidades de Embu-Guaçu, cantam letras inspiradoras e positivas tão importante aos jovens.

O evento conta com diversos campos da dança, como as da Cia Aysla Martins, cuja professora também é coreógrafa da Escola de Samba Gaviões da Fiel, a dança Tribal de Ohana Danças, com apresentações de danças brasileiras e Padma Odissi, dança sagrada Indiana no encerramento do sábado., As apresentações de danças seguem com Desireé Paiva, Hadassa Amirah, Flores do Carimbó, Guerreira de Oya, Silmara Almeida, e Betty Rian, nascida em 1932 e professora de dança no Conviver Itanhaém, incentivo e exemplo de amor à dança à todos da cidade.

A entrada é franca e o evento terá a arrecadação de alimentos pela campanha: "Ajude o Próximo - Doe 1 kg de alimento não perecível", direcionada ao Fundo Social de Solidariedade de Itanhaém, que faz importante trabalho de auxiliar as famílias mais necessitadas.

Serviço
9º Festival da Diversidade Cultural de Itanhaém
Local - Centro de Itanhaém
Data - 09 e 10 de julho - sábado e domingo
Horário - das 14h às 22h
Grátis
Mais informações no Instagram da Santuarium Cultural aqui

Programação

Data - 09 de julho - sábado
  • 14h - Kelly Franco - Contação de Histórias
  • 14h30 - Palestra sobre Diversidade cultural, desigualdades, diferenças e multiculturalismo. - Júlio Tumbi Are - Especialista em relações étnico-raciais, multiculturalismo, Antropologia, Direito, Ciências Sociais e Pedagogia.
  • 15h20 - Capoeira Grupo Cativeiro de Angola e Regional. Demonstração do projeto social do Ilé Kilombo Tiwàdémí com jogo de capoeira com professores
  • 16h - Vaggner Jorge (Zazá Up - drag queen) - Coletivo Mascárate
  • 16h10 - Coral Indígena da Tribo Rio Branco de Itanhaém
  • 16h25 - Mborai Mirim Canto e Dança Sequência de 5 músicas, Cantos sangrados de guarani
  • 16h40 - Xamanismo Andino Amazonico, com Inti Wahua da Naçao KetchuaInti Wahua (Filho do Sol)
  • 17h20 - Toré - Encontro dos indígenas
  • 17h40 - Saphyra Wilson - Danças de fusão Cigana
  • 17h50 - Lino Hauman - De Cuzco (Peru)
  • 18h20 - Ohana Danças
  • 18h30 - Saphyra Wilson - Dança Cigana Turca
  • 18h35 - Ohana Danças
  • 18h45 - Falak Farah
  • 18h55 - Ohana Danças
  • 19h05 - Falak Farah
  • 19h15 - Ohana Danças
  • 19h25 - Forró Caiçara
  • 20h25 - Saphyra Wilson - Kalbelia
  • 20h35 - Constância Reis
  • 20h45 - Layd Lopes - (Sertanejo)
  • 21h35 - Renata Lopes - Dança Odisse
  • 21h55 - Encerramento

Data - 10 de julho - domingo
  • 14h - Palestra sobre Consciência Negra, Racismo, Preconceito e Discriminação - Júlio Tumbi Are - Especialista em relações étnico-raciais, multiculturalismo, Antropologia, Direito, Ciências Sociais e Pedagogia
  • 14h40 - Contação de Histórias - Kelly Franco (Atriz)
  • 15h10 - Apresentação Drag Queen - Nuno
  • 15h20 - Guerreira de Oya Flamenco (Lá reina dele local)
  • 15h25 - Desireé Paiva e Hadassa Amirah - Dança do Ventre/Carimbó
  • 15h35 - Guerreira de Oya Dança cigana zambra Soy tu gitana
  • 15h40 - Dança do ventre - Mirne Amira
  • 15h50 - Dança do Ventre - Silmara Almeida
  • 16h - Flamenco - Valéria Rodrigues
  • 16h10 - Mani Carimbó
  • 16h20 - Bety Rian - Dança Cigana e Brasileiras Projeto Conviver de Itanhaém
  • 16h35 - Jazz Clássico - Professor Gregório
  • 16h45 - Jazz Clássico - Nanda
  • 16h55 - Dança Sagrada Adinkra - Profª Aysla Martins
  • 17h05 - Grupo Magia Cigana
  • 17h15 - Danças Brasileiras: Jongo - Cia Aysla Martins
  • 17h25 - Show Hip Hop, Trap, Rap, Funk - (Grimas100g, Muny Rare e Frank Apache)
  • 18h05 - Afoxé Laroyê Brasil - Pai Marcos de Exu - Show de percussão e canto com temática de matrizes africanas
  • 19h05 - Grupo Toque de Sedução
  • 20h05 - Franco Rossignolli - Músicas Latinas, Italianas e Românticas
  • 21h05 - Roberto Petrovich - Músicas ciganas e Baile
  • 21h50 - Encerramento

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