Vale a pena investir no mercado fotográfico neste cenário de pandemia?

Foto - Divulgação/MF Press Global

O fotógrafo e publicitário Frederico Gomes compartilha as vantagens e desvantagens de começar a trabalhar com fotografia profissional durante a pandemia

Trabalhar produzindo imagens e capturando momentos únicos por meio das lentes. Com a pandemia, diversos profissionais tiveram a área de atuação afetada, como é o caso dos fotógrafos. Para se ter uma ideia, uma pesquisa apontou que 98,4% desses profissionais se sentiram impactados de alguma forma pelo cenário.

Os dados não são uma surpresa, visto que o cenário afetou não apenas a possibilidade de fotografias de eventos e ensaios, limitando o trabalho do fotógrafo, como o preço dos equipamentos de fotografia aumentou, seja para venda, compra ou manutenção.

“Com o dólar lá em cima, ficou muito complicado comprar câmeras e lentes durante a pandemia, vários equipamentos dobraram de preço, revendedores não receberam reposições, isso foi elevando ainda mais os valores”, comenta.

Ainda no quesito equipamento, os computadores, necessários para o processo de pós-produção de um fotógrafo, também sofreram com a alta dos preços. “O que pude perceber é que quem quer começar do zero e precisa comprar tudo vai ter um alto custo que, de repente, não vale o investimento, teria que esperar baixar mais um pouco e melhorar o cenário pandêmico”, pontua.

Foto - Divulgação/MF Press Global

Para Frederico, o fotógrafo iniciante precisa considerar ser necessário tempo para se posicionar no mercado e converter clientes, processo que pode ser mais complicado enquanto o mundo ainda não estiver recuperado da pandemia. Frederico Gomes pontua, porém, que o fato de não ser um bom momento para começar a trabalhar com fotografia profissional, não significa ficar parado.

“Esse tempo pode ser aproveitado para estudar com ferramentas online e treinar com o que ele tem em casa, aí sim, vejo algo interessante. Os cursos online vieram com força nessa pandemia, capacitando várias pessoas em diversas áreas. Resumindo, para quem vai começar do zero, acredito que será um investimento pesado e eu esperaria um pouco mais”, recomenda.

Caso o fotógrafo não seja mais iniciante e sim intermediário, avançado ou profissional, a pandemia pode ser desafiadora, mas evolutiva. “A pandemia para o fotógrafo intermediário e avançado não é tão desvantajosa, pois, por eles já terem todo o equipamento necessário para trabalhar, o investimento fica baixo. Quem já está no mercado terá apenas que se adaptar com novos nichos, aproveitar para fazer uma reciclagem e investir em conhecimento”, pontua o fotógrafo e publicitário.