Museu das Amazônias atinge 100 mil visitantes

Foto - Divulgação

Legado permanente da COP30, espaço se consolida como novo ponto turístico de Belém e referência em experiência museal de terceira geração

O Museu das Amazônias alcançou a marca de 100 mil visitantes em apenas dois meses desde sua abertura, em 04 de outubro de 2025. O marco foi atingido nesta sexta-feira, 12 de dezembro. O volume expressivo de público confirma o espaço como um dos novos polos culturais mais relevantes da capital paraense, transformando a forma como a população se relaciona com museus e ambientes culturais ao oferecer uma experiência mais imersiva, sensorial e conectada às vivências do território.

A visitante de número 100 mil foi a pequena Júlia Macedo Pompeu, de 7 anos, moradora de Paragominas (PA), que visitou o Museu das Amazônias acompanhada dos pais, Leda e Genilson, durante as férias em Belém.

“Eu achei tudo lindo. Quando a minha mãe disse que a gente visitaria o museu, eu já fiquei imaginando como ele seria e escrevi tudo no meu diário de férias”, conta Júlia, que durante toda a visita não largou o caderno em que registra as experiências vividas na capital paraense.

O recorde de visitação em um único dia foi registrado em 14 de novembro, quando mais de 4.400 pessoas passaram pelo espaço. Concebido dentro dos princípios dos museus de terceira geração, o Museu das Amazônias vai além da preservação de acervos e das exposições tradicionais. O modelo coloca o público no centro da experiência, valoriza a interação e integra múltiplas linguagens para promover reflexão, participação e construção coletiva do conhecimento.

Julia Pompeu, visitante 100 mil do Museu das Amazônias, ao lado dos pais. Foto - Divulgação

Em apenas dois meses de funcionamento, o museu já recebeu mais de 4 mil visitantes em um único dia, reforçando o interesse crescente pelo espaço e sua consolidação como um dos principais atrativos da cidade. Reconhecido como legado permanente da COP30 para Belém, o Museu das Amazônias já se firmou como um novo cartão-postal, fortalecendo o turismo, a educação ambiental e a difusão dos saberes amazônicos, como destaca a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal.

“Essa marca é extraordinária e consolida Belém como uma cidade culturalmente vibrante, uma capital que convida o mundo a viver a experiência da Amazônia em espaços que vão além da memória e do patrimônio. O Museu das Amazônias é um museu de ciência, educação, imersão e provocação para reflexões profundas sobre o papel da Amazônia na crise climática e sobre as soluções que temos a oferecer. Isso demonstra que estamos no caminho certo, fortalecendo nossa política cultural e o fomento à abertura de novos espaços”, destacou a secretária.

Pensado como um centro vivo de conhecimento, o Museu das Amazônias integra ciência, cultura, tecnologia, arte e ancestralidade. Seu projeto curatorial nasceu de uma construção coletiva com pesquisadores, mestres de saberes tradicionais, artistas e comunidades amazônicas, resultando em um espaço que celebra as múltiplas Amazônias, suas cosmologias, territórios, desafios e potências. O museu propõe narrativas que vão além da exposição de acervos, estimulando experiências interativas e diálogos sobre meio ambiente, futuro climático e formas de viver e preservar a floresta. O espaço é operado pelo  Instituto de Desenvolvimento e Gestão (idg).

“Alcançar a marca de 100 mil visitantes em tão pouco tempo demonstra a força simbólica e afetiva que o Museu das Amazônias já conquistou. Mais do que um espaço expositivo, somos um lugar de encontro, diálogo e reconhecimento das múltiplas Amazônias. Ver o público paraense e visitantes de outras regiões ocupando o museu, aprendendo e se conectando com nossas narrativas confirma que estamos no caminho certo”, afirma Ricardo Piquet, diretor-geral do idg.

Exposições em cartaz

Entre as atrações, o público pode conferir a exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, que reúne cerca de 200 fotografias em preto e branco, resultado de sete anos de expedições pelo bioma amazônico. Já a mostra Ajurí apresenta instalações de artistas da Região Norte e de outras partes do Brasil, com diferentes linguagens, como vídeo, fotografia, escultura e experiências imersivas, expressando as múltiplas Amazônias em suas dimensões culturais, sociais e ambientais. As exposições promovem uma imersão sensorial e reflexiva sobre a floresta, seus povos e suas belezas, articulando arte, memória, ciência e tecnologias amazônicas.

Funcionamento

O Museu das Amazônias está localizado no Complexo Porto Futuro II, em Belém, e funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com última entrada às 17h. A entrada é gratuita até fevereiro de 2026, reforçando o compromisso do espaço com a democratização do acesso ao conhecimento e à cultura.

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