Canal Documentar exibe filme sobre representatividade de mulheres pretas na política

Imagem do filme 'Sementes: mulheres pretas no poder'

'Sementes: mulheres pretas no poder' narra a campanha de seis candidatas nas eleições de 2018 e provoca reflexão sobre como o cinema reforça estereótipos de gênero e raça no Brasil

O canal Documentar realiza hoje, dia 05 de novembro, às 20h30, uma sessão especial do documentário 'Sementes: mulheres pretas no poder'. O filme acompanha, escuta e revela quem são algumas das mulheres pretas na política do Brasil, que emergiram após o brutal assassinato de Marielle Franco.

Dirigido por Éthel Oliveira e Júlia Mariano, o filme nasceu para mostrar o maior levante político conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. A sessão faz parte da série Documentar nas Eleições, que fala sobre como documentários ajudam a compreender este momento da democracia. O filme estará disponível apenas na data da sessão.

O documentário conta a história das então candidatas do Rio de Janeiro, Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone, que se candidataram aos cargos de deputada estadual ou federal. O documentário acompanhou essas mulheres, em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta.

“Este filme é um exemplo de como os documentários transformam, principalmente durante eleições. Temos mostrado isso em nossa série Documentar nas Eleições. Com esta sessão especial, o público também poderá conhecer os bastidores de um filme que traz a representatividade não apenas em seu nome, mas também na equipe e na diversidade de olhares para sua produção”, afirma Rapha Erichsen, cineasta documentarista e criador do canal Documentar. 

Imagem do filme 'Sementes: mulheres pretas no poder'

O documentário também mostra como é o processo de construção dessas mulheres como figuras políticas, como driblam as dificuldades financeiras e trazem de volta às urnas eleitores desacreditados que desistiram do voto.

“Um cinema fundado no fazer de pessoas brancas, que desconsidera outras perspectivas e olhares de mundo. Esse mono-olhar branco, que constrói nosso imaginário coletivo, é redutor e empobrecedor. Mas para além disso, é também constitutivo do racismo estrutural brasileiro. O filme nasceu também com o objetivo de quebrar, de certa forma, essa cultura no audiovisual, e mostrar uma história sobre lideranças negras, contadas por profissionais negras”, afirma Éthel Oliveira, co-diretora do filme.

Para participar do evento e assistir ao filme clique aqui.

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