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Foto - Simon Banham |
Nos meses de fevereiro e março, a MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo promove a residência artística Olho no olho: quem consegue ser visível na São Paulo de hoje?, com o grupo Quarantine, coletivo inglês que há duas décadas cria performances e eventos públicos inspirados no cotidiano e de 20 de dezembro a 31 de janeiro de 2020, as inscrições estarão abertas para o público, gratuitamente, no site da mostra (aqui).
Serão selecionados 12 artistas brasileiros de formações variadas (teatro, dança, performance, música, artes visuais, cinema etc.) para trabalhar com Richard Gregory e Renny O’Shea, cofundadores e diretores artísticos do Quarantine, além de Sarah Hunter e Kate Daley, parceiras do grupo. A proposta da residência é estabelecer um espaço de diálogo e envolvimento entre vozes dissidentes, aproximando-se do que Chantal Mouffe, teórica política belga, denomina de “pluralismo agonístico”.
Assim, durante o processo, os participantes irão convidar aproximadamente 25 não artistas para trabalhar com eles em um experimento cênico. Essas pessoas sem experiência artística prévia, devem ter vivências e ideologias bastante diversas - e até opostas.
Programação
A residência será dividida em duas partes. Na primeira, realizada de 13 a 21 de fevereiro, o Quarantine compartilhará seus trabalhos e práticas anteriores e discutirá com os participantes como serão feitos a abordagem e o engajamento dos não artistas. Depois de uma pausa no Carnaval, as atividades retomam, já com participação dos não artistas. O resultado dos trabalhos será apresentado nos dias 07 e 08 de março, com uma instalação performativa. Também haverá duas rodas de conversa, abertas ao público, nos dias 15 e 29 de fevereiro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas de 20 de dezembro a 31 de janeiro pelo site da MITsp. A lista com os selecionados será divulgada no dia 07 de fevereiro.
Sobre o Quarantine
Quarantine é um conjunto de artistas e produtores com base na cidade inglesa de Manchester. Formada em 1998 por Simon Banham, Richard Gregory e Renny O’Shea, a companhia trabalha com uma grande variedade de colaboradores, criando performances e outros eventos públicos inspirados no cotidiano de pessoas comuns.
Nos seus 21 anos, o Quarantine foi pioneiro em metodologias de cocriação, trabalhando nos mais variados contextos e com os mais diversos tipos de pessoas: de artistas consagrados a indivíduos que nunca atuaram com arte, como eletricistas, filósofos, soldados, crianças e floristas. São essas pessoas comuns e suas realidades e experiências que dão a base para as performances da companhia.
O resultado são trabalhos intimistas, em que artistas, performers, participantes e público se misturam. Já foram criadas festas de família, refeições compartilhadas, aulas de culinária, salas de karaokê, emissões de rádio e escolas pop-up - além de performances no palco.
As obras da companhia são realizadas dentro da Inglaterra e em outros países. Recentemente, o Quarantine fez tours e residências em: CAMPO, Gent; Göteborgs Dans & Teater Festival, Gothenburg; Noorderzon Performing Arts Festival, Groningen; Festival de Avignon; Auawirleben, Bern; HAU, Berlin; Arts House, Melbourne; SPRING Festival, Utrecht; Festival de Otoño en Primavera, Madrid; PUSH Festival, Vancouver; Theater Spektakel, Zurich; Manchester Art Gallery; Norfolk & Norwich Festival; Dublin Theatre Festival; Fierce Festival, Birmingham; BALTIC Centre for Contemporary Art, Gateshead; Dance Umbrella, Sadler’s Wells, Barbican Arts Centre, BAC & Tate Modern, Londres.
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Foto - Simon Banham |
Serviço
Ações Pedagógicas - curadoria de Maria Fernanda Vomero
Olho no olho: quem consegue ser visível na São Paulo de hoje?
Inscrições - de 20 de dezembro a 31 de janeiro de 2020. O resultado será divulgado em 07 de fevereiro.
De 13 de fevereiro a 08 de março de 2020, terça a sábado das 14h às 19h. (pausa para o Carnaval de 22 a 25 de fevereiro de 2020)
De 15 e 29 de fevereiro de 2020 - rodas de conversa, obrigatórias aos participantes da atividade e abertas ao público
Dias 07 e 8 de março - apresentação da instalação performativa
Público-alvo - atores, dançarinos, coreógrafos, artistas visuais, músicos, cineastas, videoartistas, performers professores de teatro e demais artistas que tenham interesse e disponibilidade em trabalhar com pessoas comuns da cidade
Este projeto foi contemplado pela edição 2019 do Programa Pontes Oi Futuro-British Council
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