O Portal Imprensa anunciou as vencedoras do 13º Troféu Mulher Imprensa em 17 categorias. Mais do que um reconhecimento, Imprensa tem como causa promover as discussões sobre os direitos da mulher no cotidiano na profissão. Mais de 31 mil votos definiram as vencedoras.
O Troféu tem como missão difundir o trabalho das mulheres na comunicação em todo o Brasil. E as vencedoras da 13ª edição do prêmio integram o debate, comentando os "avanços e retrocessos, nos últimos 10 anos, ligados à questão da mulher na comunicação". Confira abaixo alguns dos depoimentos:
“Nos anos mais recentes demos passos importantes com relação aos padrões de respeito e igualdade. Essa melhoria se deve às mulheres e homens que lutaram e seguem na luta contra a normalização do machismo e outros abusos em redações, agências e empresas”, Leila Suwwan (Airbnb).
“No mundo das comunicações já está claro que o papel da mulher é determinante. Basta observar o número de mulheres nas redações. E no vídeo, estamos assumindo mais nossas rugas e fios de cabelo brancos. O pensamento, a análise, a competência estão cada vez mais na moda”, Sonia Blota (Band).
“Ainda vivemos em relação desigual quanto a salários e cargos de chefia. São os homens que são promovidos e escolhidos para as melhores coberturas jornalísticas. Entretanto, há dez anos o tema assédio, por exemplo, sequer era discutido. Há dois anos, eu e a jornalista Janaina Garcia (UOL) fundamos o coletivo ‘Jornalistas contra o Assédio’, que deu luz à essa questão e antecedeu iniciativas importantíssimas como ‘Chega de Assédio’ e ‘Deixa ela trabalhar’", Thaís Nunes (SBT).
“Percebo que ainda no nosso setor há um retrocesso, pois vejo menos mulheres atuando como repórteres fotográficas e editoras de fotografia do que há dez anos”, Mônica Zarattini (Fotojornalista).
“Especialmente no colunismo político, as mulheres desempenham um papel central, somos nós que em grande medida estamos à frente desta cobertura. Por essa razão, e por acompanhar o surgimento constante de grandes talentos na profissão, sou otimista quanto ao protagonismo cada vez maior das mulheres no jornalismo", Vera Magalhães (Jovem Pan).
"Sinto que o debate sobre mulheres segue intenso nas redações, mas não sei se já se tornou realidade nos salários e cargos. Vemos, em todo caso, com naturalidade mulheres em postos de chefia, diferentemente de outros segmentos. Mas, vemos também a necessidade de surgir um movimento como Jornalistas contra o Assédio, esta sim uma discussão que mal começou”, Carla Jimenez (El País Americas Brasil).
“A própria questão do assédio sexual no trabalho, que abordamos nesse episódio do Caminhos da Reportagem [reportagem vencedora], é um grande desafio. Há pouco tempo a sociedade começou a discutir a questão do assédio contra as mulheres nos espaços públicos. Mas quase não se fala sobre as mulheres que são vítimas desse crime nos seus empregos, nos ambientes ditos profissionais”, Flávia Peixoto (Caminhos da Reportagem / TV Brasil), em nome da equipe vencedora.
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