Foto - Divulgação |
Para Tarsia Gonzalez, observar as pessoas é a chave para entender o que elas querem de verdade. Mas, primeiro, temos que responder a uma pergunta anterior: por que eu preciso saber disso? Como gestor, meu papel é oferecer desafios à altura dos times que dirijo e subsídios para que as metas que proponho sejam alcançadas. Se esses desafios e essas metas não forem condizentes com os valores e objetivos pessoais das pessoas que formam esses times, o esforço será em vão.
Por isso, a pergunta chave: como entender o que as pessoas querem? E encontrar essa resposta está cada vez mais difícil, porque a maioria não sabe o que quer, principalmente os jovens. A falta de objetividade parece uma doença e ainda temos o modismo do coaching, para aumentar a confusão que vivemos.
Há muitos profissionais bem-conceituados e preparados, mas há muita gente que entrou nesse barco com a ânsia de resolver suas próprias indecisões e hoje direciona, com proximidade, mas sem muita objetividade, coachees que não sabem onde querem chegar. Imagine um barco sem rumo e poderá ter uma visão de como estão as pessoas e as empresas de hoje.
Entender o que as pessoas querem é um exercício que parte de dois princípios: observação e diálogo. Observar o que o outro é, pensa, realiza, sem colocar os meus valores como sendo baliza dessa observação. E dialogar, ouvindo, buscando entender os motivos, as histórias de vida, os relacionamentos.
Orientar alguém é um desafio enorme, que só pode ser vencido com uma parceria real, que prescinde de se despojar de seus próprios conceitos e pré-conceitos e ouvir, ouvir, ouvir. Um gestor só consegue realmente gerenciar de forma completa quando se aproxima de seus times.
0 Comentários