Espetáculo de Natal do Arsenal da Esperança coloca no palco voluntários, ex-acolhidos e artistas em três apresentações


Projeto chega na 3ª edição e será apresentado nos dias 18, 19 e 20 de dezembro na sede do Arsenal da Esperança, na Mooca

O espetáculo de Natal do Arsenal da Esperança, encenado por voluntários e ex-acolhidos da casa, artistas e músicos chega a terceira edição em 2025. Neste ano serão três apresentações nos dias 18, 19 e 20 dezembro, na sede da instituição na Mooca, na Zona Leste de São Paulo. Aberto ao público, a entrada solidária será mediante doação de 2 kg de alimentos não perecíveis.

O espetáculo Zé Mulão e a Esperança de Natal é um projeto de iniciativa do Arsenal da Esperança que busca resgatar e despertar a esperança no coração das pessoas para acreditarem em um futuro melhor. O momento também proporciona uma confraternização entre os assistidos pela casa, que acolhe por dia 1200 homens em vulnerabilidade social.

“O Arsenal da Esperança é uma casa de acolhida, no sentido mais pragmático do termo, que acolhe diariamente centenas de pessoas que não têm lugar onde ficar. Tem a sua essência em seu próprio nome. Então, o Espetáculo de Natal é um instrumento precioso, que por meio da arte, música, interação, um objetivo em comum entre acolhidos, voluntários e pessoas da comunidade, de despertar a esperança adormecida nas pessoas e redescobrir o sentido do Natal: Fazer a Esperança Renascer no Coração das Pessoas”, destaca Padre Simone Bernardi, diretor do Arsenal da Esperança e Missionário da Fraternidade da Esperança do SERMIG (Servizio Missionario Giovani).

De acordo com Padre Simone, a casa acolhe pessoas de qualquer origem, religião, cultura e situação social e, por isso, é uma ponte entre mundos aparentemente diferentes e distantes entre si. Em 2026, a instituição completará 30 anos e, neste período, já acolheu mais de 78 mil pessoas.

Há três anos o projeto natalino é dirigido e tem roteiro assinado pelo artista Geraldo Lacerdine. “Acredito que a arte tem um potencial de transformação e dirigir e escrever um espetáculo como esse, é uma maneira de trazer à tona temas importantes da atualidade e, ao mesmo tempo, refletir sobre esses temas a partir do teatro e da música”, afirma Lacerdine. “Construir esse espetáculo dentro de uma instituição como o Arsenal da Esperança é mostrar possibilidades incríveis de trabalho com a arte, que resgata e transforma as pessoas de dentro para fora”, completa o artista, que interpreta o contador de histórias.

Sobre o espetáculo

Alex Pereira Lima (ex-acolhido) é Zé Mulão. Foto - Fernando Jensen

O enredo conta a história de Zé Mulão que perdeu a esperança na humanidade e vive pelas ruas puxando uma carroça com badulaques que foi acumulando ao longo da vida. Apesar de tudo, é um homem de bem, disposto a ajudar as pessoas que encontra pelo caminho. Em suas andanças encontra um antigo professor de infância, que também vaga pelas ruas e vai morar com ele na carroça e ambos passam a ajudar crianças. Depois se depara com uma cigana que revela que a mãe não o abandonou por desleixo, como Zé Mulão acreditava. Mais dois personagens cruzam seu caminho, dois loucos que são percussionistas e depois um cego que “enxerga” a beleza do interior das pessoas e vai acolhendo todas elas. No final se deparam com a família de Nazaré, José e Maria, que acaba dando à luz a um menino dentro da carroça e faz nascer com ele a esperança.

O elenco é composto por Geraldo Lacerdine (contador de histórias), Alex Pereira Lima (Zé Mulão, protagonista e ex-acolhido do Arsenal), Alessandra Bergoce (cigana), Luiz Fernando Nothlich de Andrade (pintura falante), Pedro Francisco Giovani (pintura falante), Walter Mascarenhas (professor), Ricardo Garcia (louco), Cesar Wiliam Figueira Soares (outro louco) e a família de Nazaré. Todos os anos o espetáculo reúne também músicos renomados. Para esta edição participa o quinteto Cleber Silveira (acordeon), Rafael Mota (percussão), Paulo Ribeiro (violão), Ricardo Garcia (percussão) e João Poleto (flauta transversal).

Com duração de 120 minutos, o espetáculo tem classificação livre e será encenado na Tenda do Arsenal, localizada no pátio da casa. Por noite, o local tem capacidade para receber 400 pessoas. O projeto Zé Mulão e a Esperança de Natal é uma realização do Arsenal da Esperança - SERMIG, com patrocínio da Bauducco e apoio da Lacerdine Galeria de Arte.

Sobre o Arsenal da Esperança

Foto - Divulgação

Sediado nas instalações históricas da antiga Hospedaria de Imigrantes de São Paulo (inaugurada em 1887), o Arsenal da Esperança desenvolve, desde 1996, um trabalho intenso de acolhimento por onde já passaram mais de 78 mil homens em vulnerabilidade social. Além da preocupação com um acolhimento que incluem alimentação, moradia e recursos humanos, a casa promove atividades para o desenvolvimento pessoal e construção da autoestima. Fundado por Ernesto Olivero e pela SERMIG (Fraternidade da Esperança) é um complexo de prédios históricos com 19.439 m², sendo 14.871 m² de área construída.

Oferece acompanhamento de serviço social, cursos de capacitação profissional, biblioteca, atendimento médico, quadra de futebol, sala de jogos, grupos de apoio, lavanderia, entre outros serviços que proporcionam a reorganização da vida dos assistidos, o fortalecimento da autoestima, a melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento profissional, pessoal e social.

Foto - Divulgação

Por meio do Laboratório de Esperança promove o serviço de formação para a Cidadania Jovem. Possui também atividades culturais: BAE, Biblioteca do Arsenal da Esperança; Concurso Literário com premiação; Leitura Conjunta; e Galeria de Arte. Tem os apoios do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo (parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS). Mais informações no site do Arsenal (clique aqui).

Serviço
Espetáculo Zé Mulão e a Esperança de Natal
Data - 18, 19 e 20 de dezembro - quinta, sexta e sábado
Horário - 20h
Duração - 120 minutos
Local - Arsenal da Esperança
Endereço - Rua Dr. Almeida Lima, 900 - Mooca - São Paulo
Ingressos - 2 kg de alimentos não perecíveis
Classificação - livre

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