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Leo Grego, Marcella Arnulf e Lee Taylor nos bastidores do filme O Chá. Foto - João Victor Jov's |
Reconhecido por seu trabalho em produções como Velho Chico, Onde Nascem os Fortes, A Dona do Pedaço (Globo) e Irmandade (Netflix), o ator e diretor Lee Taylor dá um novo passo em sua trajetória artística: a direção de seu primeiro longa-metragem. O desafio se concretiza em O Chá, filme idealizado pelo Núcleo Artemísia - coletivo criativo formado por três roteiristas de São José dos Campos (SP) - e produzido pela Master Shot, é financiado com recursos públicos da Lei Paulo Gustavo (municipal) e do ProAC ICMS.
Ambientado na São José dos Campos da década de 1940, O Chá narra a história de Alice, arquiteta cujos projetos moldaram os planos de industrialização da cidade, oficialmente assinados por seu marido. Ao revisitar a antiga fazenda da família, ela reencontra Wilda, a mulher que a criou, e mergulha em memórias que desafiam o presente.
A trama é protagonizada por Marcella Arnulf, atriz e uma das roteiristas do projeto, e conta com Luci Pereira (Caminho das Índias e Travessia, Globo), Larissa Nunes (Vidas Bandidas, Disney, e Arcanjo Renegado, Globo), Maurício Destri (Rensga Hits! e I Love Paraisópolis, ambos Globo) e Marat Descartes (Beleza Fatal, Max, e Maysa: Quando Fala o Coração, Globo) no elenco.
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Marcella Arnulf e Lee Taylor nos bastidores do filme. Foto - João Borges |
Para Lee, a decisão de assumir a direção foi motivada por dois fatores principais. “Aceitei, primeiramente, pelo desafio de dirigir um longa mas, principalmente, pela relevância dos temas do roteiro, como memória, identidade e poder”, afirma. Ele destaca a complexidade psicológica da protagonista e a riqueza simbólica do universo criado pelas roteiristas como elementos centrais de sua escolha.
Com forte protagonismo feminino, tanto na criação quanto nas atuações, o filme reforça o compromisso de Taylor com narrativas conduzidas por mulheres. “Tenho uma inclinação natural e muito interesse, algumas vezes até preferência, no diálogo com artistas mulheres. A maioria dos espetáculos teatrais que dirigi foram protagonizados por atrizes”, pontua.
Além de ser o primeiro longa de ficção contemplado por edital público municipal em São José dos Campos, O Chá se insere em um momento especial do cinema nacional. “Nesse filme, o interior não é apenas cenário. A história, a paisagem e o contexto regional são elementos essenciais para contar algo que é, ao mesmo tempo, complexo e universal”, destaca Lee. “Assim, contribuímos para descentralizar as narrativas e enriquecer ainda mais o audiovisual brasileiro”.
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