Thiago Soares e grupo de bailarinos apresentam sua mais recente criação coreográfica, no Teatro Unimed. Foto - Alessandro Marinho | Cainã |
O Teatro Unimed apresenta, a partir da sexta-feira, dia 02 de agosto, o espetáculo Último Ato, obra teatral em que a linguagem utilizada é a dança, revelando o novo momento do bailarino brasileiro Thiago Soares, cuja trajetória tem sido marcada tanto pelo rigor técnico quanto pela liberdade criativa e pela pluralidade de estilos e modalidades da dança. Consagrado entre os maiores talentos da dança da atualidade, Thiago Soares foi Primeiro Bailarino do Royal Ballet de Londres e principal bailarino convidado pelos mais importantes teatros do mundo.
Acompanhado pelos bailarinos Gabriela Sisto, Gab Ribeiro, Tairine Barbosa e Paulo Cristo, Thiago apresenta um espetáculo versátil e muito diferente de tudo o que já foi feito em sua extensa carreira, combinando o balé clássico com hip hop, afrobeat, parkour, ritmos brasileiros e dança contemporânea. “Neste Último Ato, temos artistas brasileiros, com origem no samba, na dança urbana, até mesmo no frevo. É uma coletânea de informações de movimento que transcende o clássico, ainda sendo um espetáculo de ballet clássico”, anuncia.
Idealizado e coreografado pelo próprio Thiago, com figurinos criados em parceria com Amir Slama e iluminação concebida por Maneco Quinderé, o espetáculo Último Ato poderá ser visto em curtíssima temporada, de apenas três finais de semana. Os poucos ingressos disponíveis podem ser comprados pela Internet (clique aqui) e na bilheteria do Teatro Unimed (na esquina da Alameda Santos com a rua Augusta, em São Paulo).
A Dança, o Teatro e o Tempo
Uma grande ironia. Aos bastidores da arte, ao suposto glamour do Primeiro Bailarino, ao tempo, à cruz do bailarino. No palco, Thiago inicia dando as boas-vindas, enquanto coloca o espectador de forma central em diversas perspectivas desse universo. Entre os destaques, a tão utilizada barra de ensaios, que se torna quase uma personagem do ato, sendo a cruz, a amiga e a sina do bailarino. O lugar para onde ele sempre volta. “Revisitei o meu passado e busquei referências da minha trajetória para incluir nessa nova linguagem. É um espetáculo que convida o público a uma reflexão”, explica Thiago.
O espetáculo flerta com as despedidas e sugere possíveis caminhos nesta nova fase na carreira do artista. Uma dança com o sol, um tango com o espírito da pressa em apagar uma estrela para o nascimento de uma nova e o questionamento sobre o peso do tempo sobre a arte e a força motriz da contínua superação, do sempre ir além.
“Os lugares que já passei, dos viadutos de Madureira até os mais de 30 países por meio da dança, criaram em mim um liquidificador de arte que eu derramo nesse espetáculo. É uma miscelânea cultural, uma síntese do lixo ao luxo”, afirma.
Além disso, inovando em cena, a apresentação tem forte interação com o público. “Dessa vez, o público irá decidir o final”, revela, mas sem spoiler. Ao longo da apresentação, diversas mudanças de perspectiva no cenário inserem ainda mais o espectador na história.
Sobre Thiago Soares
Nascido em São Gonçalo, Thiago despertou para a arte aos 9 anos, quando começou a frequentar a Escola de Circo. O interesse real pela dança surgiu aos 15 anos, em um grupo de street dance. Em seguida, começou a estudar no Centro de Dança do Rio, onde teve tanto destaque por suas habilidades e biotipo, que passou a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro aos 17 anos, conquistando sua primeira medalha no Concurso Internacional de Dança de Paris.
Em 2001, foi Medalha de Ouro no Concurso Internacional do Ballet Bolshoi, na Rússia, superando os mais de 270 candidatos, um marco na história da dança brasileira, e estudou no Ballet Kirov, tornando-se o segundo estrangeiro a ingressar na companhia em seus 100 anos de história.
Em 2002, passou a integrar o corpo de baile do Royal Ballet de Londres, onde ocupou por 13 anos o posto de Primeiro Bailarino. Thiago é doutor honorário do King’s College de Londres e dirigiu o Ballet de Monterrey, no México, de onde é coreógrafo residente. Ainda em 2022, teve seu primeiro curta-metragem, Vermelho Quimera, exibido em Cannes e nos principais festivais de cinema do mundo. Em 2024, terá sua história contada num filme, já rodado, ainda sem data de estreia.
Ficha técnica
Último Ato
Idealização, Direção e Coreografias - Thiago Soares
Bailarinos - Thiago Soares, Gabriela Sisto, Gab Ribeiro, Tairine Barbosa e Paulo Cristo
Trilha Sonora - conceito Thiago Soares
Sonoplastia - Luciana Soares
Projeção - Diogo
Iluminação - Maneco Quinderé
Cenário - Thiago Soares
Figurinos - Thiago Soares e Amir Slama
Produção - Levitar Produções
Assessoria Jurídica Teatro Unimed - Carolina Simão
Gerente Técnico Teatro Unimed - Reynold Itiki
Comunicação Teatro Unimed - Dayan Machado
Assessoria de Imprensa Teatro Unimed - Fernando Sant’ Ana
Realização - Teatro Unimed
Serviço
Último Ato
Temporada - de 02 a 18 de agosto
Horários - sextas e sábados, às 20h e domingos, às 18h
Duração - 90 minutos
Local - Teatro Unimed
Endereço - Alameda Santos, 2159 - Jardins - São Paulo
Capacidade - 240 lugares
Ingressos - entre R$ 200,00 e R$ 75,00
Horário da Bilheteria - sextas e sábados, das 12h30 às 20h30. Domingos, das 10h30 às 18h30
Acessibilidade - ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail aqui
Vendas pela internet aqui
Classificação - livre
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