Foto - João Caldas Fº |
A Última Sessão de Freud, maior sucesso do teatro brasileiro desde 2022, dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain, já foi vista por mais de 70 mil pessoas. O espetáculo retorna a São Paulo para uma nova e curta temporada, até 10 de dezembro, no Teatro Vivo.
A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner - indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA 2022 por este papel) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S. Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século XX.
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Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” - tornando-se um cristão convicto.
No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador por meio de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
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O cenário assinado por Fábio Namatame (indicado ao Prêmio Shell melhor cenário) reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.
“A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”, comenta o autor.
O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem.
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“O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o Teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, diz o diretor.
Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante: “para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século XX”.
Sinopse
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No gabinete de Freud, na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S. Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador por intermédio de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
Ficha técnica
A Última Sessão de Freud
Texto - Mark St. Germain
Tradução - Clarisse Abujamra
Direção - Elias Andreato
Assistente de Direção - Raphael Gama
Idealização - Ronaldo Diaféria
Elenco - Odilon Wagner e Claudio Fontana
Cenário e Figurino - Fábio Namatame
Assistente de Cenografia - Fernando Passetti
Desenho de Luz - Gabriel Paiva e André Prado
Iluminação - Nádia Hinz
Trilha Sonora - Raphael Gama
Arte Gráfica - Rodolfo Juliani
Fotografia - João Caldas
Designer de Som - André Omote
Coordenador Geral de Produção - Ronaldo Diaféria
Produtora Executiva - Jade Minarelli
Direção de Palco e Contra-regragem - Tadeu Tosta, Vinicius Henrique, Kauã Nascimento e Jonathan Alves
Produtores Associados - Diaféria Produções e Itaporã Comunicação
Serviço
A Última Sessão de Freud
Temporada - até 10 de dezembro de 2023
Horário - quinta, sexta e sábado, às 20h e domingo, às 18h
Duração - 90 minutos
Local - Teatro Vivo
Endereço - Av. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi - São Paulo
Capacidade - 274 lugares
Ingressos - R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia)
Bilheteria - somente nos dias de peça 2h antes da apresentação (sem taxa de conveniência)
Venda de ingressos online aqui
Classificação - 14 anos
Mais informações 11 3430-1524 e pelo site aqui
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