Cia. Veneno do Teatro apresenta a peça Hello, Édipo

Foto - Jonatas Marques

Espetáculo conta a tragédia Édipo Rei de Sófocles, onde o detetive é o próprio criminoso, vítima e fará também o papel de juiz

Em Hello, Édipo PF, a Cia. Veneno do Teatro se inspira na temática de Michel Foucault. A consciência dos atos e como se desdobram sem a devida percepção dos indivíduos que são vigiados permanentemente, pode desembocar no exercício do poder alienado. A tomada da palavra por parte do povo, dos anônimos, são alguns dos elementos fundantes nesta adaptação. As apresentações acontecem em vários teatros até 21 de dezembro.

"Conspirando com a criação de autores como M. Yourcenar, R.M. Rilke e O. Bilac, pretendemos evocar os mitos, os arquétipos, disfarçados e/ou ocultos nas “encruzilhadas” da cidade, em um contexto urbano e atual. Um ato violento e metafórico que nos faz refletir sobre a condição humana, suas ações e consequências", comenta a Cia.

Apresentações

Local - Centro Cultural da Penha
Endereço - Largo do Rosário, 20 - Penha de França - São Paulo
Data - 25 de novembro - sábado
Horário - às 17h e 20h
Data - 26 de novembro - domingo
Horário - 19h
Gratuito

Local - Teatro Flávio Império
Endereço - Rua Prof. Alves Pedroso, 600 - Cangaíba - São Paulo
Data - 28, 29, 30 de novembro e 01 de dezembro - terça a sexta-feira
Horário - 20h
Data -  03 de dezembro - domingo
Horário - 19h
Gratuito

Local - SP Escola de Teatro - Sala Alberto Guzik
Endereço - Praça Franklin Roosevelt, 210 - Centro - São Paulo
Data - 14 de dezembro - quinta-feira
Hrorário - 21h
Data - 15 e 16 de dezembro - sexta e sábado
Horário - às 21h e 00h
Data - 17, 18, 19, 20 e 21 de dezembro - domingo a quinta-feira
Horário - 21h
Gratuito

Ciclo de Debates

Foto - Jonatas Marques

Cia. Veneno do Teatro realizará como ação complementar a temporada um ciclo de debates, acerca da temática e processos de criação do espetáculo, com artistas e pesquisadores convidados, com transmissão digital no canal do YouTube da Cia (clique aqui), de 07 a 12 de dezembro. Confira abaixo a programação:

Reverberações de Édipo foucaultiano no mundo contemporâneo
Com Vicente de Arruda Sampaio, Marcos Alexandre Gomes Nalli e Bartholomeu de Haro
Mediação - Silvio Restiffe
Data - 07 de dezembro - quinta-feira
Horário - 20h

Como proposta pretendemos à luz da obra Édipo Rei, discutir as conexões trazidas por Michel Foucault, uma leitura da sociedade panóptica que foram utilizadas como fundamentos da pesquisa dramatúrgica.

Psicanálise e sociedade, um diálogo com Édipo Rei
Com Ivam Cabral e Ignácio Paim
Mediação - Elen Londero
Data - 08 de dezembro - sexta-feira
Horário - 20h

Cenografia e Figurinos - poéticas contemporânea
Com J. C. Serroni, Telumi Helen e Pedro Henrique Moutinho
Mediação - Bartholomeu de Haro
Data - 09 de dezembro - sábado
Horário - 16h

Incursões Cênicas no Audiovisual
Com Henrique Melo, Ian de Haro e José Sampaio
Mediação - Bartholomeu de Haro
Data - 10 de dezembro - domingo
Horário - 20h

Criação Sonora
Com André Omote, Felipe Silotto, Bartholomeu de Haro e Jéssica Marcele
Data - 11 de dezembro - segunda-feira
Horário - 20h

Teatro, Arte e Educação - a partilha do sensível
Com José Sérgio de Carvalho Fonseca, Beth Lopes e Luana Alves
Mediação - Elen Londero
Data - 12 de dezembro - terça-feira
Horário - 20h

O mundo contemporâneo, globalizado, o recebe tal como ele é, afirmando um diálogo no tempo que, a partir do presente, fala com os legados do passado, mostrando o que ele tem a nos dizer sobre nossa condição de mortais que ignoram os enigmas de seus destinos.

Sinopse

Foto - Jonatas Marques

Édipo na rua... no meio do cruzamento. Um grupo de pessoas que tenta encenar uma peça chamada O Inferno é para quem se acha no Céu se amotina e tomando o público como refém decide contar a sua versão de Édipo-Rei dentro de uma encruzilhada urbana desrespeitando a faixa de segurança onde Foucault tenta consertar o semáforo que entrou em pane. Estamos em um confinamento, onde ocorre uma rebelião, um motim violento e metafórico; os atores “amotinados” capturam o público e seus personagens como reféns e os guardam dentro de si, clandestinamente. Vestidos e imbuídos dessa nova e poética insurreição nada mais resta a fazer senão percorrer o labirinto, os túneis, enfim, tentar fugir do cativeiro. Medo, prazer, poesia – estamos em um tribunal onde a verdade será revelada com o desdobramento dos inquéritos e testemunhos. O rescaldo caberá a todos. Após esta jornada, terminamos por achar alguma luz, um clarão que nos incentiva e anuncia: dias melhores já estão vindo. O complexo é simples. Sentença de conclusão: “antes de ficar cego, Édipo não fez outra coisa em sua vida, senão brincar de cabra-cega com o destino”.

Ficha técnica
Direção e Adaptação Dramatúrgica - Bartholomeu de Haro
Atuantes - José Sampaio, Elen Londero, Silvio Restiffe, Jéssica Marcele, Pedro Henrique Moutinho, Paula Sousa Lopez, Tayla Fernandes, Ted O’Rey e Bartholomeu de Haro
Cenário - J. C. Serroni
Iluminação - Guilherme Bonfanti
Figurinos - Telumi Hellen
Sonoplastia - André Omote, Felipe Silotto e Bartholomeu de Haro
Cenotécnico - Alício Silva
Assistente de Figurino - Natália Munck
Aderecistas - Douglas Vendramini e Mirela Macedo
Operador de Luz - Emerson Fernandes
Operador de Som - Felipe Silotto
Preparação Corporal - Christiane Lopes
Desenho Death of Oedipus - Ian de Haro
Fotografia - Jonatas Marques
Design Gráfico, Edição de Imagens e Vídeo - Henrique Mello
Assessoria de Imprensa - M. Fernanda Teixeira | Arteplural
Produtor Executivo - Wemerson Nunes
Assistente de Produção - Marcelo Luis
Apoio Operacional - Fabricio Braghini
Coordenação de Projeto - Elen Londero
Realização - Cia Veneno do Teatro
Este projeto foi contemplado pelo Edital de apoio a projetos de múltiplas linguagens - 2ª Edição, para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura

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