Foto - Gustavo Guimarães Gonçalves |
Como é ser palhaço em uma grande metrópole totalmente impessoal e desigual? Foi esse questionamento que norteou Palhaços Periféricos, espetáculo que marca os 15 anos da Cia Catraca do Riso. O trabalho faz apresentações gratuitas na cidade de São Paulo de 10 a 19 de agosto, na Oficina Cultural Oswald de Andrade.
Com dramaturgia e direção assinadas por Gustavo Guimarães Gonçalves, a peça aborda questões de identidade, pertencimento e superação de dificuldades. Na trama, o público conhece Bento, personagem extremamente curioso pela carreira de palhaço. Mesmo enfrentando desafios, ele tenta realizar seu sonho.
Quando o protagonista conhece uma figura misteriosa, ele embarca em uma jornada que pode transformar completamente sua vida. “Esse texto foi criado a partir das minhas experiências e nas de outros palhaços periféricos. Afinal, como fazer arte em condições muitas vezes adversas?”, reflete Gonçalves.
A ideia é desmistificar algumas ideias sobre a palhaçaria, como a crença de que se trata de um ofício voltado apenas ao público infantil. Para isso, o grupo recorre ao deboche.
“Em uma cena, uma das personagens oferece uma bolsa no curso que ela ministra. No entanto, a atividade acontece às 11h, um horário ruim, pois envolve o período da manhã e o da tarde, o que atrapalharia o trabalho ‘convencional’. Porque tem essa coisa de que, mesmo sendo nosso ofício, precisamos trabalhar para estudar arte, né?”, comenta o diretor.
Por meio de uma história emocionante, a Catraca do Riso celebra mais esse aniversário com a força da diversidade e a resiliência dos artistas periféricos, ampliando vozes e levando para vários espaços a dramaturgia inspirada por essas comunidades.
“A peça mostra uma pessoa que queria ser palhaço, mas enfrenta problemas cotidianos, como transporte público lotado e falta de dinheiro. A montagem também dá continuidade à pesquisa da companhia sobre as catracas imaginárias que os moradores da periferia enfrentam para ter acesso aos bens culturais”, conta a produtora Bruna Burkert.
Por isso, Palhaços Periféricos é apresentado no CEU Casa Blanca, na Casa de Cultura Campo Limpo, na Casa de Cultura São Rafael, no CEU Caminho do Mar e no CEU Jaçanã, além da Oficina Cultural Oswald de Andrade. O coletivo utiliza o circo e o teatro como ferramentas de inclusão social, valorizando a diversidade cultural e contribuindo para fortalecer o cenário artístico do país.
Sinopse
Foto - Gustavo Guimarães Gonçalves |
A vida de Bento é repleta de desafios e marcada por uma curiosidade quase inexplicável pela carreira de palhaço. No entanto, um encontro inesperado com uma figura misteriosa e reveladora o leva a uma jornada pessoal que pode transformar completamente sua vida. É uma oportunidade para descobrir a beleza e o valor que existem mesmo nos momentos difíceis. Nessa história, a palhaçaria, os padrões sociais e o preconceito se entrelaçam em uma jornada singular, que leva à construção de um palhaço periférico.
Ficha técnica
Palhaços Periféricos
Dramaturgia e Direção - Gustavo Guimarães Gonçalves
Elenco - Danila Gonçalves, Gibson Marques, Gustavo GG, Guto Vieira e Thiago Morrinho
Cenografia e Fotografia - Estúdio Periférico 360giros
Pintura Artística - Gardenia Barros
Figurinos - O grupo
Coreografia - Rivaldo Ferreira
Design - 8Bees Comunicação
Gravação Musical - Estúdio Grão de groove
Iluminação - Giba Freitas
Produção - Bruna Burkert
Agradecimentos: Ana Coelho, Vila Itororó e funcionários do Fab Lab
Assessoria de Imprensa - Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes | Canal Aberto
Serviço
Palhaços Periféricos, da Cia Catraca do Riso
Temporada - de 10 a 19 de agosto
Horário - quintas e sextas, às 19h20 e, aos sábados, às 18h
Duração - 50 minutos
Local - Oficina Cultural Oswald de Andrade - Sala 11
Endereço - Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo
Ingressos Gratuitos
Retirada 1 hora antes do início do espetáculo
Classificação - livre
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