Os panetones, queridinhos das festas de fim de ano, já estão disponíveis nas gôndolas dos supermercados. Os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) apontam que entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 o setor faturou cerca de R$ 806 milhões e foram vendidas 47,8 mil toneladas de produtos, totalizando um aumento de 3,9% em valor e 21% em volume de vendas, quando comparados com o período anterior (novembro de 2020 a janeiro de 2021) com R$ 775 milhões e 39,5 mil toneladas.
De acordo com Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI “os números são reflexos do esforço da indústria, que inova constantemente em sabores e embalagens personalizadas todos os anos, gerando valor agregado ao produto”.
Segundo a consultoria divisão Worldpanel, de novembro de 2021 a janeiro de 2022, em comparação com o mesmo período anterior, a categoria ganhou mais compradores e a penetração passou de 52,4% para 65,3%, o que representa um aumento de 24,6%, ou seja, mais de 7 milhões de novos lares.
O destaque fica para o volume de panetones presenteados no último final de ano, que representou 36,4% da importância da categoria de novembro de 2021 a janeiro de 2022. A penetração de panetones para presente passou de 19,7% para 32,9% pontos, quase 8 milhões de novos lares para a categoria no período.
Entre as regiões que mais se destacaram em panetones presenteados foi o interior de São Paulo. Quanto aos tipos, os com gotas de chocolate representam 41%, frutas cristalizadas 33% e os recheados 25%. O perfil de consumidores que se destaca é a classe média e mais maduros com idade entre os 40 e 49 anos de idade.
O consumo per capita do país é de 440 gramas, o equivalente a um panetone inteiro. É metade em relação à Itália, o país de origem da receita, mas, considerando-se o tempo em que em que o alimento está na mesa dos italianos, o alcance brasileiro é extraordinário. O estudo de Panetones da Kantar contou com a participação de mais de 10 mil lares, entre novembro de 2021 e janeiro de 2022.
A expectativa é que neste ano o consumo se inicie no final deste mês, porém com o cenário de inflação e bolso mais apertado, o consumidor deverá fazer escolhas e isso irá gerar desafios de ticket. “O cenário econômico não está favorável para o bolso do consumidor, esperamos que a categoria cresça cerca de 5% em faturamento e 3% em volume de vendas no período sazonal (novembro de 2022 a janeiro de 2023)”, pontua Zanão.
A nova realidade traz a necessidade da indústria de repensar preço de acordo com o consumo per capta, variando mix de tamanhos e sortimento, além de trabalhar preço e promoção ideal, fatores chaves para otimizar margem e conquistar consumidores.
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