O Facebook surpreendeu a todos, em fevereiro, com uma informação bombástica, mas já esperada: a queda de 500 mil usuários ativos diários ao redor do mundo no último trimestre de 2021, com 1,929 bilhão de pessoas utilizando o aplicativo. A rede social mais poderosa do mundo, agora controlada pela Meta, explicou que a razão da queda de usuários deve-se à concorrência acirrada das plataformas como TikTok e do YouTube, que pertence ao Google.
Mas agora a pergunta que não quer calar? Com essa queda de usuários que em boa parte migraram até para o Instagram, “irmão de sangue do FB”, como ficarão as estratégias de planejamento de Redes Sociais para posts, orgânicos e patrocinados?
A era do Instagram e o declínio do “Império Facebônico”?
2022 pode ser um ano de glória para o Instagram. Pelo menos é o que aponta o relatório da plataforma Datareportal que traz um panorama bem interessante sobre o crescimento do Instagram. De acordo com a análise da plataforma, o alcance de anúncios indica um crescimento de quase 60% nos últimos dois anos. Em 2021, o alcance mundial de anúncios teve crescimento de 21%, com o Instagram adicionando mais de 1,48 bilhões de usuários ao seu público em um ano.
Com esse cenário, não resta dúvida que as marcas e os gestores de redes sociais terão que lidar com a queda do FB, reorganizando e priorizando suas estratégias para outras redes sociais. Para a head de digital da Blues Idea, Luiza Antoniolli, o mais importante em uma estratégia é saber elencar quais redes sociais os clientes mais utilizam.
“Com essa queda, podemos entender que houve uma migração de redes sociais. Já há algum tempo, o Facebook mostra que o público ativo está diminuindo. Não entramos mais todos os dias no FB, mas entramos mais de 2 vezes por dia no Instagram, por exemplo”, explica.
Entre os aplicativos mais baixados no mundo, de acordo com a plataforma Annie, que analisa a performance e desempenho de aplicativos, o Instagram é o segundo mais baixado do mundo, seguido apenas do WhatsApp. Já no Brasil, o Instagram está em quarto e o Facebook em décimo.
Outra rede social que cresce em ritmo exponencial é o Tik Tok. Relatório do Datareportal mostra que o alcance global de anúncios da rede social chinesa é de aproximadamente 885 milhões - embora esse número se refira ao alcance do público com 18 anos ou mais. O app também tem ótimo desempenho e já é o quinto mais baixado do mundo, segundo a plataforma Annie, e segue na cola do Facebook que está em quarto (dados coletados entre 30 de janeiro e 05 de fevereiro).
O YouTube também é outra rede social que corre por fora e é o terceiro mais baixado, de acordo com a plataforma Annie, ultrapassando o FB. “Existem cada vez mais conteúdos elaborados para diferentes redes sociais, pois o público está muito dividido. E nós como gestores, temos que ficar atentos às mensurações de resultados e relatórios de performances de cada uma delas, para saber qual estratégia elaborar para cada público específico”, destaca Luiza.
Onde meu público está?
Mas afinal, como as marcas e gestores terão que agir diante da queda do “Império Facebônico”? O mais necessário é o gestor de RS conhecer bem seu público-alvo e saber qual é a sua rede social preferida. Tendo essa informação, o gestor poderá mudar ou manter sua estratégia, segmentando as campanhas focadas em redes sociais específicas, cada uma com sua singularidade, perfil, tipo de conteúdo, e horários que seu público-alvo está mais ativo.
“Se seu público-alvo estiver no Facebook, você vai precisar estabelecer um dia e um horário específicos para publicar posts orgânicos, levando em consideração a queda dos usuários ativos diários. Se você quiser impactar seu público-alvo por meio de posts patrocinados/campanhas no Facebook, entenda que você não deixará de impactá-los, você apenas vai ter que rever e analisar os melhores criativos, segmentar mais suas campanhas pensando em geolocalização, interesses e até nos concorrentes, para criar suas campanhas”, enfatiza.
Presença marcante em todas as RS!
O mais importante é o gestor de RS estar atento e consciente para estabelecer estratégias e conteúdo para todas as redes sociais com mais impacto e audiência, adequando sempre o perfil de cada uma, com o tom de comunicação da marca. E quando qualquer uma das RS tiver uma queda no número de usuários, o gestor vai precisar ter uma base fortalecida em outra rede social, com uma recorrência de publicação e com um planejamento consistente e consolidado para pelo menos os próximos 6 meses.
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