Cinemas em Redes destaca produção audiovisual Maxakali no encerramento do ciclo Outros cinemas ameríndios


No mês de dezembro, o ciclo 'Outros cinemas ameríndios: novos olhares sobre a produção audiovisual indígena', promovido pela RNP em parceria com o grupo de pesquisas Poéticas Ameríndias, destaca a produção audiovisual Tikmũ'ũn (Maxakali), com seis documentários selecionados pelo curador Bernard Belisário, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

No dia 17 de dezembro, às 19h, um debate com a presença dos diretores e realizadores Isael e Suely Maxakali e as pesquisadoras Rosângela de Tugny, da UFSB, e Lara Linhalis Guimarães, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), encerrará a programação do ciclo iniciado em outubro.

Os filmes escolhidos para o mês foram desenvolvidos a partir de projetos de formação e parcerias entre realizadores, caciques e pajés Tikmũ'ũn, oficineiros, técnicos e pesquisadores da UFSB (clique aqui e assista aos seis documentários no site do Cinemas em Rede).

No debate, os espectadores poderão conhecer mais sobre as experiências de produção audiovisual de Isael e Suely, diretores e realizadores indígenas do povo Maxakali, que vivem na Aldeia Verde, no município mineiro de Ladainha, e retratam o cotidiano e o universo simbólico de sua comunidade em filmes e desenhos, garantindo tanto o registro de sua cultura, quanto a divulgação e a afirmação dela em meios não indígenas. Isael foi o vencedor da edição de 2020 do PIPA Online - categoria decidida por voto popular do Prêmio PIPA.

Enriquecerão o bate-papo virtual as pesquisadoras e professoras Rosângela de Tugny e Lara Linhalis Guimarães. A primeira é professora titular da UFSB, onde lidera o grupo de pesquisa Poéticas Ameríndias. Coordenou projetos no Acervo Curt Lange e no Laboratório de Etnomusicologia da UFMG, desenvolvendo pesquisas sobre as práticas musicais indígenas. Em colaboração com especialistas dos repertórios de cantos do povo Tikmũ'ũn (Maxakali), organizou a tradução, edição e publicação de filmes, gravações, livros de tradução de cantos e mitos além de livros didáticos.

Já Lara é professora de audiovisual na UFOP e criadora do Observatório jornalismo(S), espaço para pensar "jornalismos possíveis, mundos possíveis" a partir de outros modos de traduzir o mundo, especialmente a partir das cosmologias dos povos ameríndios e da experiência xamânica de tradução. Ela também orienta uma série de pesquisas e trabalhos nas áreas de antropologia, produção audiovisual, ontologias ameríndias e jornalismo.

Serviço
Outros cinemas ameríndios: novos olhares sobre a produção audiovisual indígena
Data - 17 de dezembro - quinta-feira
Horário - 19h
Debate com as cineastas transmitido ao vivo pela página do Facebook aqui

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