“Na TV e no rádio, na internet e até nas conversas aqui e ali, a gente vê e ouve muitas pessoas falando mal dos direitos humanos. Será que é justo? Será que tem a ver? A melhor maneira de responder essa questão é conhecendo melhor a história dos tais direitos humanos. Então, senta que lá vem uma mega história boa!" É nesse clima de bate-papo descontraído que a escritora Fátima Mesquita trata de um tema super atual e muito importante em Tem lugar aí para mim? - Um livro sobre Direitos Humanos e respeito à diversidade, lançamento da Editora Panda Books.
A conversa é das boas, embasada em dados históricos, em um texto bem fácil e agradável de ler. Assim, a autora revisita uma série de acontecimentos históricos que chega até o que conhecemos hoje por Direitos Humanos.
Começa pela época de Ciro, o Grande, rei da Pérsia entre 559 a 530 a.C, que liberou os escravos, passa pela criação de conceitos como o Direito Natural, pelos romanos, a independência dos Estados Unidos que firmou pela primeira vez em documento a ideia de que “todo mundo era igual a todo mundo”, até chegar a dois documentos fundamentais: a Declaração dos Direitos do Homem de do Cidadão, aprovada pela Revolução Francesa, em 1789, defende que “os homens nascem livres e iguais em direitos”; e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, criada em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), estabelece que “todos são iguais perante a lei e têm direitos, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei”.
Mesmo com esses avanços no nível das ideias e documentos, na prática, a autora aborda uma série de questões que ainda impedem que a igualdade seja uma realidade para todos os seres humanos. É o caso dos estereótipos (generalizações, classificações), dos preconceitos (pré-conceitos) e da discriminação (preconceito em ação). Ela também aborda os inúmeros “ismos”, que seguem na contramão dos direitos humanos, como racismo (minoria social, crime de ódio), sexismo (misandria/androfobia e machismo) e idadismo (preconceito ou discriminação em função da idade da pessoa). E também outras atitudes discriminatórias como homofobia (orientação sexual), xenofobia e bairrismo (rótulos), intolerância religiosa, deficiências e bullying.
As ilustrações da obra foram feitas por Fábio Sgroi, que também tem forte ligação com o tema. Chegou mesmo a escrever livros sobre o assunto, como Ser humano é - Declaração Universal dos Direitos Humanos para crianças, Ser criança é - Estatuto da Criança e do Adolescente para crianças e Ser idoso é - Estatuto do Idoso para crianças. Nas ilustrações que preparou para Tem lugar aí pra mim?, ele se preocupou em representar a diversidade étnica, religiosa, sexual, cultural, regional, geracional e deficiências.
Sobre a autora
Nascida em Minas Gerais, Fátima Mesquita já morou em diversos Estados brasileiros e em outros países, até se fixar no Canadá. Já fez de tudo, de lanterninha de cinema, caixa de supermercado e entregadora de moto a jornalista, redatora e roteirista. No currículo de escritora, conta com oito livros editados pela Panda Books, entre os quais A incrível fábrica de cocô, xixi e pum, Em busca da meleca perdida e Bem bolado.
Sinopse
A partir da Declaração dos Direitos Humanos, a autora discute sobre preconceito, bullying e respeito à diversidade e mostra que embora cada pessoa seja diferente a seu modo, somos todos iguais enquanto seres humanos.
Ficha técnica
Tem Lugar Aí Pra Mim? - Um livro sobre Direitos Humanos e respeito à diversidade
Autora - Fátima Mesquita
Ilustrações - Fábio Sgroi
Editora - Panda Books
Páginas - 56
Preço - R$ 22,90
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