Piedade A Paixão Segundo Euclides da Cunha faz sua estreia em São Paulo no palco do Theatro Municipal


Foto - Sylvia Masini

A OSM, sob a regência do maestro Luís Fernando Malheiro, acompanhada da soprano Laura Pisani, do tenor Eric Herrero e do barítono Homero Velho, apresenta versão de concerto em julho

A morte do escritor brasileiro Euclides da Cunha em uma troca de tiros com o amante de sua mulher foi transformada em ópera por João Guilherme Ripper, presidente da Academia Brasileira de Música e um dos principais autores brasileiros contemporâneos de ópera. E a versão para orquestra e solistas será executada nas apresentações de “Ópera em Concerto: Piedade”, em 20 de julho, às 20h e dia 21, às 16h30.

“Piedade” foi uma encomenda da Petrobras Sinfônica em 2012. Estreou no Rio, depois foi montada em Campos do Jordão. Em 2017, foi a primeira ópera brasileira a ser encenada no Teatro Colón em Buenos Aires. E agora chega, pela primeira vez em São Paulo, no Theatro Municipal de São Paulo em versão de concerto.

Com o maestro Luiz Fernando Malheiro à frente da Orquestra Sinfônica Municipal, o barítono Homero Velho retorna ao papel de Euclides da Cunha, Homero fez o personagem na estreia da Ópera em 2012 no Rio de Janeiro, a soprano Laura Pisani à mulher de Euclides, Anna de Assis, Pisani interpretou Anna em 2017, no Teatro Colón em Buenos Aires e o tenor Eric Herrero vive Dilermando de Assis, o amante de Anna.

A ópera de Ripper, dividida em quatro cenas, começa no momento da vida do autor de ‘Os Sertões’, quando este viajava para explorar o país, enquanto sua mulher, se sentindo sozinha, acaba se envolvendo com um jovem militar. Mais tarde, o amante recebe, em sua casa no bairro de Piedade, a visita inesperada do marido traído com uma arma, disposto a por um fim à infidelidade de sua mulher.

“Há dois momentos muito claros de nítida brasilidade. Logo na primeira cena, com elementos de música nordestina e na ária, para voz e violão, escrita para a seresta que Dilermando faz para Anna no início da última cena”, explica Ripper, autor da ópera e também do libreto.

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

No começo do século XX, as companhias líricas internacionais que se apresentavam no Theatro Municipal traziam da Europa seus instrumentistas e coros completos, pela falta de um grupo orquestral em São Paulo especializado em ópera. A partir da década de 1920, uma orquestra profissional foi criada e passou a realizar apresentações esporádicas, tornando-se regular em 1939, sob o nome de Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Uma década mais tarde, o conjunto passou a se chamar Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e foi oficializado em lei de 28 de dezembro de 1949, que vigora ainda hoje.

A história da Sinfônica Municipal se confunde com a da música orquestral em São Paulo, com participações memoráveis em eventos como a primeira Temporada Lírica Autônoma de São Paulo, com a soprano Bidú Sayão; a inauguração do Estádio do Pacaembu, em 1940; a reabertura do Theatro Municipal, em 1955, com a estreia da ópera Pedro Malazarte, regida pelo compositor Camargo Guarnieri; e a apresentação nos Jogos Pan-Americanos de 1963, em São Paulo.

Estiveram à frente da orquestra os maestros Arturo de Angelis, Zacharias Autuori, Edoardo Guarnieri, Lion Kasniefski, Souza Lima, Eleazar de Carvalho, Armando Belardi e John Neschling. Roberto Minczuk é o atual regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo - OSM.

Foto - Sylvia Masini

Sobre Luiz Fernando Malheiro

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Amazonas Filarmônica, diretor artístico do Festival Amazonas de Ópera (FAO), foi diretor artístico do Teatro São Pedro em São Paulo e regente titular de sua orquestra e diretor de Ópera no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Vencedor do Prêmio Carlos Gomes: Regente de Ópera (2012, 2011 e 2009) e Universo da ópera/2000, dirigiu no FAO/2005 a primeira montagem brasileira do Anel do Nibelungo de R. Wagner, recebendo ainda mais dois prêmios: Universo da Ópera e Espetáculo do Ano. Dirigiu concertos e espetáculos frente a Orquestra Sinfônica de Roma, de Miami, da Galícia, Filarmônica do México e Sinfônica de Bari, entre outras.

Ficha técnica
Programa Ópera em Concerto - Piedade
Autor - J. G. Ripper
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
Regente - Luiz Fernando Malheiro
Barítono - Homero Velho
Soprano - Laura Pisani
Tenor - Eric Herrero

Serviço
Piedade: a paixão segundo Euclides da Cunha
Local - Theatro Municipal de São Paulo - Sala de Espetáculos
Endereço - Praça Ramos de Azevedo, s/nº - Centro - São Paulo
Data e Horário - dia 20 sexta-feira às 20h e sábado dia 21 de julho às 16h30
Duração - aproximadamente 90 minutos
Ingressos - Setor 3 R$ 12,00, Setor 2 R$ 30,00 e Setor 1 R$ 40,00 (meia entrada para aposentados, maiores de 60 anos, professores da rede pública e estudantes)
Vendas na bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo ou pelo site aqui
Horário da bilheteria - de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, sábados e domingos, das 10h às 17h. Nos espetáculos à noite, a bilheteria permanece aberta até o início do evento; em dias de espetáculos pela manhã, o espaço abre ao público duas horas antes do início da apresentação
Classificação - recomendado para maiores de 07 anos

Postar um comentário

0 Comentários