Como as mulheres são vistas na sociedade?


Denise Seixas, autora do livro "A Essência da Mulher" discute o tema na obra publicada pela Editora Mundo Cristão

Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2010, revelou que uma em cada cinco mulheres no Brasil afirma ter sofrido algum tipo de violência. Pelo menos 80% das agressões vieram de homens que têm ou tiveram vínculo emocional com a vítima. Não são poucas as mulheres que já foram agredidas ou que presenciaram a própria mãe, avós ou tias sofrerem agressão doméstica. É como se, desde cedo, o mundo lhes dissesse que são seres inferiores, dignos de pena e merecedores da maldade. Essas meninas crescem marcadas pela dor e, por isso, nem sequer descobrem que foram feitas para exalar o bom perfume e desenvolver-se como seres humanos livres e plenos.

Já na adolescência, muitas mulheres descobrem que seu corpo é visto como propriedade do mundo. Não importa se estão com uma burca ou com uma calça larga de moletom, os olhares maldosos, as cantadas pornográficas e as mãos que tocam sem autorização geram sentimentos de nojo, cansaço e autorrejeição. As capas de revistas, as propagandas de televisão, as novelas e os filmes relegam a mulher, com muita frequência, à posição de objeto decorativo, o que leva muitas a gastar a vida, a saúde e o dinheiro tentando alcançar padrões de beleza inatingíveis. O pior é que a maioria nem ao menos entende por que “precisa” fazer isso.

No mercado de trabalho e na política, ainda hoje altos cargos são reservados, em sua maioria, aos homens. Vale ressaltar que foi necessária muita luta para que, hoje, a mulher tenha direito a voto, trabalho e educação. O primeiro país a reconhecer o direito das mulheres ao voto foi a Nova Zelândia, em 1893, seguido da Finlândia, em 1906. Entre 1914 e 1939, as mulheres adquiriram o direito ao voto em mais 28 países.

No Brasil, o primeiro voto feminino ocorreu em 1927, quando a professora Celina Guimarães Viana conseguiu seu registro eleitoral no Rio Grande do Norte, mas apenas em âmbito estadual. Somente em 1932 foi aprovado o direito feminino ao voto em âmbito nacional e, em 3 de maio de 1933, ocorreu a primeira eleição brasileira com mulheres votantes, para a Assembleia Nacional Constituinte. A Constituição de 1934 restringiu a votação feminina às mulheres que exerciam função pública remunerada, realidade que só mudou em 1965, com a edição do Código Eleitoral que vigora até hoje.

No século 19, no contexto da Revolução Industrial, o número de mulheres empregadas aumentou significativamente, com longas jornadas de trabalho nas fábricas, mas com salários mais baixos em comparação aos dos homens. Em Nova York, a greve de 8 de março de 1857, na qual as operárias de uma fábrica de tecidos pararam as máquinas em reivindicação de melhores condições de trabalho e salários, marcou a data como o que viria posteriormente a ser o Dia Internacional da Mulher.

Quanto à educação, durante anos, o direito de cursar o ensino superior foi negado às mulheres. A inserção feminina nas universidades aconteceu primeiro nos Estados Unidos, em 1837, com a criação de universidades exclusivas. No Brasil, embora um decreto imperial de 1879 autorizasse as mulheres a frequentar cursos universitários e obter um título acadêmico, pesava muito o preconceito vigente na época, que relegava a mulher às funções domésticas. Por isso, somente em 1887, Rita Lobato Velho Lopes tornou-se a primeira mulher brasileira e a segunda da América Latina a receber um diploma de nível superior, tornando-se a primeira médica brasileira - mas só depois de vencer o preconceito e a hostilidade inicial de colegas e professores.

Hoje, as mulheres ainda enfrentam algum tipo de discriminação no acesso à educação comparativamente aos homens. Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2014, revelaram que, embora o número de analfabetos tenha diminuído na última década em 150 países, 774 milhões de adultos em todo o mundo não sabem ler, dos quais 64% são mulheres.

Hoje algumas mulheres se fecharam para o amor, porque deixaram de acreditar nele; tornaram-se amargas, contaminadas pela amargura da vida; se cansaram, desistiram no meio do caminho e morreram, ainda que permaneçam vivas. Elas desistiram de exalar o bom perfume de Cristo, por acreditarem que um Deus que permite que elas enfrentem essa realidade não pode ser bom.

Na obra A Essência da Mulher, Denise Seixas ajuda as mulheres a enxergarem e a valorizarem o que possuem de melhor, independentemente das experiências que tiveram. Por meio de uma mensagem inspiradora, ela indica o caminho do perdão, da restauração, da autoestima e da confiança, atitudes imprescindíveis para quem deseja viver de forma plena e feliz.

Sobre a autora

Denise Seixas Pereira é pastora, cantora e líder do ministério de louvor da Igreja Bola de Neve. Ficha técnica

Ficha técnica
A Essência da Mulher
Autora - Denise Seixas
Editora - Mundo Cristão
Páginas - 128
Preço - R$ 11,96 (e-book) e R$ 12,59 (impresso)
Para mais informações ou comprar o e-book clique aqui e o livro impresso aqui

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