Foram essas as impressões que tive ao assistir o filme Rodin, do cineasta e roteirista Jacques Doillon ('O Jovem Assassino', 'Muito (Pouco) Amor' e 'O Casamento a Três') e estrelado pelo ator Vincent Lindon ('Diário de Uma Camareira', 'Os Cavaleiros Brancos' e 'O Valor de um Homem'), que estreia nos cinemas brasileiros no dia 21 de setembro
O filme começa no ano de 1880 em Paris, quando o controverso escultor recebe, aos 40 anos, sua primeira encomenda do Estado: A Porta do Inferno, obra composta de figuras que farão sua glória, como O Beijo e O Pensador.
Até aí tudo bem, mas o que acontece ao longo das duas horas de exibição é um tanto quanto frustrante. Não acontece nada de novo, para quem conhece a vida de Rodin, muito lugar comum.
A impressão que se tem é que Jacques Doillon quis fazer um filme definitivo sobre o artista, mas o que se vê são fragmentos mal explorados de sua vida. Tudo muito superficial, até mesmo o conturbado e intenso romance com sua pupila Camille Claudel.
Aliás, não dá para entender uma Camille colocada em terceiro plano, uma tremenda mancada diante da importância que ela teve em sua vida e obra. Nem mesmo sua morte, em um sanatório, foi mencionada.
Essa cinebiografia, nos mostra um Rodin viciado em trabalho e um cafajeste de primeira: dos filhos que teve fora de seu casamento com Rose, da relação com a pobre Camille e os casos com suas modelos. Um Rodin que só respeita a figura feminina em suas obras. Confesso que não entendi muito bem o final. Vamos combinar o seguinte? Assista ao filme e me diga qual foi a mensagem que Doillon quis passar, ok?
Confira o trailer:
Ficha técnica
Rodin
França/Bélgica | 2017 | Drama | 120 min.
Direção - Jacques Doillon
Roteiro - Jacques Doillon
Elenco - Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele
Distribuição - Mares Filmes
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